Pedro Ribeiro

 

Indícios de um novo aumento nos preços dos combustíveis para esta semana, acendeu luz amarela junto às empresas de transportes de cargas, caminhoneiros autônomos e no setor do transporte coletivo. A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) está no radar em relação à possibilidade e alerta que 87% dos empresários de transporte de cargas do país são contra a política de preços do diesel da Petrobrás. Ainda segundo a CNT, 82% do empresariado apontam o preço do diesel como a maior dificuldade para a operação.

Para o presidente da Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Paraná (Fetranspar), coronel Sergio Malucelli, “se há, realmente, intenção em reajustar novamente o preço dos combustíveis, haverá um impacto muito grande junto ao setor de transportes de cargas do país. Também os custos do setor de logística deverão atingir indiretamente outros setores da economia, bem como a inflação”.

O presidente da Fetranspar defende que parte do lucro da Petrobras a que tem direito o Governo Federal – no ano passado o pagamento de dividendos da Petrobras para o chamado grupo de controle, que representa o governo, saltou de R$ 3 bilhões para 27 bilhões – seja canalizado para subsidiar o preço dos combustíveis.

Depois que o Governo Federal resolveu zerar o PIS/Cofins para o setor, os estados também deveriam aprovar a Medida Provisória que nivela os impostos para 17%. Hoje estes impostos beiram os 30%, observou Malucelli. “Os estados devem contribuir, senão contribuirão fortemente para inviabilizar o transporte no Brasil”, ponderou o presidente da Fetranspar.