Pedro Ribeiro

 

Com a testagem positiva após a segunda dose da vacina e, em alguns casos, até óbito, chega uma boa notícia: A Organização Mundial da Saúde (OMS) acaba de aprovar o uso emergencial da vacina Coronavac contra a covid. A vacina é produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

O primeiro a dar a notícia foi o jornal O Estadão que apurou, também, ser interessante ao governo brasileiro, pois abre caminho para que outros países aceitem a entrada de pessoas vacinadas com as duas doses do imunizante contra a covid-19, com a abertura de fronteiras esperada para os próximos meses.

A validação oferece aos países, financiadores, agências de compra e comunidades a garantia de que atende aos padrões internacionais de segurança, eficácia e fabricação.

Outro efeito da aprovação da vacina – que já é amplamente utilizada no Brasil – pela organização é que o País poderá receber doses do imunizante por meio do Covax Facility, consórcio organizado pela OMS. Hoje, o Brasil recebe doses da Pfizer a da Astrazeneca por meio do programa, que reforçam as compras diretas e a produção local de vacinas. A Lista de Uso de Emergência da OMS é um pré-requisito para o fornecimento de vacinas pelo consórcio e para negociações internacionais.

“O mundo precisa desesperadamente de várias vacinas contra a covid para lidar com a enorme desigualdade de acesso em todo o mundo”, disse a diretora geral assistente da OMS para Acesso a Produtos de Saúde Mariângela Simão. “Pedimos aos fabricantes que participem do Covax Facility, compartilhem seu conhecimento e dados e contribuam para o controle da pandemia”, segundo o Estadão.

Além de avaliar a qualidade, segurança e eficácia das vacinas contra a covid, a lista de uso emergencial da OMS analisa planos de gestão de risco e adequação programática, como requisitos de rede de frio. Isso é realizado por um grupo de especialistas de todo o mundo. No caso da Coronavac, a avaliação do órgão incluiu inspeções no local das instalações de produção.