Operação Claquete, do GAECO, mostra novos personagens na trama
Operação Claquete, do Gaeco, acaba revelando novos personagens na trama que, supostamente, participaram de corrupção com verbas publicitárias.
À medida em que avançam, sob sigilo, as investigações da Operação Claquete, do GAECO, que tem como alvo central o ex-secretário estadual e municipal – Prefeitura de Curitiba – Marcelo Catani, novas informações vão surgindo sobre os demais personagens envolvidos na trama.
Documentos obtidos com exclusividade pelo Paraná Portal revelam que, além de Catani, foram alvos da busca e apreensão requerida pelo Ministério Público as empresas Get Contabilidade e Soluções Empresariais, Constelação Filmes, Arte Lux Produções Cinematográficas e TIF Comunicação, assim como as pessoas físicas Diana Moro da Cunha e Talantha Aparecida Bazotti, ligadas ao meio publicitário e político.
A investigação é nitroglicerina pura, já que o impacto pode ser devastador sobre aqueles que nomearam Catani para atuar na comunicação social do setor público (Beto Richa e Greca), seja para quem o contratou para o marketing político, como é o caso do senador Sérgio Moro, eleito em 2022.
Ciente desses riscos, Catani montou um time de primeira linha para a sua defesa na Justiça Eleitoral e no GAECO, que inclui o advogado contratado por Sérgio Moro na batalha jurídica contra Bolsonaro no STF, no episódio da interferência do ex-presidente na PF.
Corrupção e cumplicidade com verbas de comunicação
A operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco – que apura corrupção na área da Comunicação Social do Governo do Estado, batizada de “Operação Claquete”, desnuda o ingresso de determinadas personagens que vem comandando verbas publicitárias nos últimos 10 anos no Estado. Tudo com a cumplicidade delituosa estabelecida entre contratante e fornecedores.
Trata-se de uma relação promíscua entre quem comanda a verba de comunicação do Governo do Estado com quem recebe a mesma verba.
Na “Operação Claquete”, desencadeada pelo Gaeco na semana passada, onde foram confiscados computadores e celulares de algumas agências de publicidade, produtoras de vídeo e do ex-secretário de Comunicação do Governo Beto Richa, Marcelo Catani, hoje na equipe do senador Sergio Moro, as portas se abrem para investigação, também, pelo Tribunal de Contas do Estado.
Abre-se também, uma enorme brecha para o Tribunal Regional Eleitoral, já que o marqueteiro da campanha do senador Sergio Moro é investigado pelo Gaeco e as contas da campanha não fecharam.
A investigação é por Peculato (artigo 312 do Código Penal), com pena de reclusão de 2 a 12 anos.