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Operação Claquete, do GAECO, mostra novos personagens na trama

Operação Claquete, do GAECO, mostra novos personagens na trama

Operação Claquete, do Gaeco, acaba revelando novos personagens na trama que, supostamente, participaram de corrupção com verbas publicitárias.

Pedro Ribeiro - segunda-feira, 3 de abril de 2023 - 12:17

À medida em que avançam, sob sigilo, as investigações da Operação Claquete, do GAECO, que tem como alvo central o ex-secretário estadual e municipal  – Prefeitura de Curitiba – Marcelo Catani, novas informações vão surgindo sobre os demais personagens envolvidos na trama.

Documentos obtidos com exclusividade pelo Paraná Portal revelam que, além de Catani, foram alvos da busca e apreensão requerida pelo Ministério Público as empresas Get Contabilidade e Soluções Empresariais, Constelação Filmes, Arte Lux Produções Cinematográficas e TIF Comunicação, assim como as pessoas físicas Diana Moro da Cunha e Talantha Aparecida Bazotti, ligadas ao meio publicitário e político.

A investigação é nitroglicerina pura, já que o impacto pode ser devastador sobre aqueles que nomearam Catani para atuar na comunicação social do setor público (Beto Richa e Greca), seja para quem o contratou para o marketing político, como é o caso do senador Sérgio Moro, eleito em 2022.

Ciente desses riscos, Catani montou um time de primeira linha para a sua defesa na Justiça Eleitoral e no GAECO, que inclui o advogado contratado por Sérgio Moro na batalha jurídica contra Bolsonaro no STF, no episódio da interferência do ex-presidente na PF.

Corrupção e cumplicidade com verbas de comunicação 

A operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco – que apura corrupção na área da Comunicação Social do Governo do Estado, batizada de “Operação Claquete”, desnuda o ingresso de determinadas personagens que vem comandando verbas publicitárias nos últimos 10 anos no Estado. Tudo com a cumplicidade delituosa estabelecida entre contratante e fornecedores.

Trata-se de uma relação promíscua entre quem comanda a verba de comunicação do Governo do Estado com quem recebe a mesma verba.

Na “Operação Claquete”, desencadeada pelo Gaeco na semana passada, onde foram confiscados computadores e celulares de algumas agências de publicidade, produtoras de vídeo e do ex-secretário de Comunicação do Governo Beto Richa, Marcelo Catani, hoje na equipe do senador Sergio Moro, as portas se abrem para investigação, também, pelo Tribunal de Contas do Estado.

 Abre-se também, uma enorme brecha para o Tribunal Regional Eleitoral, já que o marqueteiro da campanha do senador Sergio Moro é investigado pelo Gaeco e as contas da campanha não fecharam.

A investigação é por Peculato (artigo 312 do Código Penal), com pena de reclusão de 2 a 12 anos.

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