Pedro Ribeiro

 

Com um anúncio de reajuste de 23% nas tarifas do pedágio no Paraná, antes mesmo de haver uma licitação para gestão das rodovias federais e paranaenses, cujos contratos terminaram em novembro do ano passado, foi um balde de água fria no governador Ratinho Junior e na Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa do Paraná.

Foram meses, acredito que até mais de um ano, de audiências públicas nos municípios e reuniões na Assembleia Legislativa e junto ás assessorias do Ministério dos Transportes e Infraestrutura. Os deputados se empenharam para que, no Paraná, houvesse uma concessão com tarifas menores e mais obras. Foram enganados.

Pela declaração do deputado Arilson Chiorato, presidente da Frente Parlamentar, quando disse que “o pedágio no Paraná está nas mãos do Tribunal de Contas da União”, dá se a impressão de que houve um desgaste e um cansaço em relação a tantas discussões.  “Acredito que foi feito o que era possível”, disse o parlamentar.

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) disse que recebeu com “extrema preocupação” a nota técnica da ANTT que apontou o aumento de 23 % das tarifas de pedágio do lote 2, nas rodovias que vão pro Norte Pioneiro e pro Litoral, antes mesmo da licitação.
 
Romanelli criticou mais uma vez o modelo de concessão elaborado pelo Governo Federal. Segundo o deputado, levantamentos feitos pelo Instituto de Transporte e Infraestrutura da Universidade Federal do Paraná (ITTI/UFPR) indicaram a ausência de planinhas e de custos das obras que vão impactar diretamente nas tarifas. 

“Contratamos o ITTI para fazer esse debate técnico. Os estudos apontam que há diversos problemas no modelo elaborado pela ANTT e pelo Governo Federal. Estamos agindo junto ao Tribunal de Contas da União para corrigir essas falhas e evitar que a economia do Paraná seja lesada por mais 30 anos”
[11:49, 09/06/2022] Pedro Domingos Ribeiro: