Pedro Ribeiro
(Foto: Imagem cedida/BandNews FM Curitiba)

Não é possível dimensionar, hoje, até aonde um político pode ter influência no Ministério da Saúde comandado, efetivamente, pelo presidente Jair Bolsonaro. O que é lamentável é ver a sociedade civil paranaense lançar manifesto com pedido de mais vacinas para imunizar a população, quando temos, no Congresso Nacional, parlamentares que deveriam fazer esse “cansativo trabalho”. Ou papel.

O próprio líder do governo na Câmara Federal, Ricardo Barros, deveria levantar uma bandeira para atender seu Estado. É claro que ele tem que falar em nome de todos os estados da federação. O que não pode é se omitir diante das sacanagens que estão fazendo com o Paraná, ou seja, reduzindo o número de lotes da vacina. O Rio Grande do Sul, que tem menos população, tem mais vacinas. Por que?

Uma mobilização que pede ao Ministério da Saúde mais vacinas contra a Covid-19 para o Paraná. O abaixo-assinado #VacinaParaná já tem mais de mil assinaturas e está disponível na plataforma virtual chance.org.

“Precisamos de mais vacinas e de forma urgente. Queremos que o Paraná seja priorizado, tendo em vista a gravíssima situação que estamos enfrentando. O povo paranaense clama por mais vacinas”, afirma o deputado estadual Michele Caputo (PSDB), idealizador a petição on-line.

No manifesto da campanha, Caputo afirma que o estado atravessa o pior momento da pandemia. “Batendo recorde de casos e mortes pelo coronavírus, o sistema de saúde paranaense está à beira do colapso.

O Paraná também foi preterido na distribuição de vacinas, por parte do Governo Federal. Muito embora o Ministério da Saúde tenha prometido uma divisão equitativa das doses disponíveis entre as unidades da federação, isso não tem sido observado.

Nas primeiras remessas, o Paraná recebeu muito menos doses que estados com população e perfil epidemiológico similar, como é o caso do Rio Grande do Sul, que tem recebido quase 20% a mais em doses.

“Com isso, a vacinação caminha a passos lentos. Mesmo com a agilidade que vem sendo imprimida pelas equipes municipais de saúde, faltam vacinas para avançar em novos grupos prioritários”, disse o Coordenador da Frente Parlamentar do Coronavírus, da Assembleia Legislativa do Paraná.

Diante desse quadro, Michele Caputo reforça o pedido de envio de mais vacinas ao Paraná, sobretudo para sanar possíveis distorções quantitativas e atender a demanda urgente que se apresenta com o agravamento do quadro epidemiológico no Estado.