Pedágio, uma disputa no campo político que não interessa à sociedade
Empresários querem volta da concessão rodoviária para que as rodovias tenham reparos e trafegabilidade.
A licitação do pedágio no Paraná corre o risco de não ser realizada neste ano, o que seria um desastre para a economia do Estado, alerta o presidente da Federação da Agricultura do Estado (Faep), Ágide Meneguette.
Em reunião do G7 – entidades que representam o setor produtivo e o PIB paranaense – realizada dia 27 de fevereiro, os empresários foram unânimes em afirmar que não importa se o modelo de pedágio é de Ratinho Junior, de Lula, a Alep.
“O que precisamos é de estradas com condições de trafegabilidade para mover a economia e evitar mortes”, pontuou Meneguette.
Para o presidente da Fetranspar, Sergio Malucelli, “é um absurdo ainda não termos um edital para o novo pedágio. As estradas estão se acabando”, disse.
No Paraná, onde há um cabo de guerra em relação ao pedágio, uma certeza: todos querem um pedágio que priorize obras e tenha tarifas baixas. Como fazer isso, ninguém sabe.
O estranho é que a sociedade civil organizada ainda não deu conta da situação. Segundo técnicos que assessoram as entidades do G7, o Paraná, dentro de um a dois anos, não terá mais rodovias para trafegar, principalmente as federais delegadas.
O modelo de pedágio que o governador Ratinho Junior deseja, não agrada a oposição, hoje liderada no Paraná pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Para os empresários, é bom que governos estadual e federal cheguem a um acordo político para não penalizar a economia paranaense.