
O debate trapaceiro que fez o Brasil de refém
Pedro Ribeiro
04 de fevereiro de 2019, 09:58
Como acontece com todos os governos em início de mandato, não seria diferente com o jovem Carlos Mass..
Pedro Ribeiro - 04 de fevereiro de 2019, 13:15
Como acontece com todos os governos em início de mandato, não seria diferente com o jovem Carlos Massa Ratinho Junior. Por mais que divulgue seu plano de ação e tome medidas drásticas de redução de custos em especial da máquina para fazê-la funcionar de forma efetiva e eficiente, tem à sua frente, quase que diariamente, setores descontentes que debruçam sob sua mesa uma parafernália de documentos reivindicatórios.
Não tive conhecimento se o governador Ratinho Junior recebeu o rosário de lamentações – justo, é claro – do Sindicato das Classes Policiais do Estado do Paraná - Sinclapol, mas sei que o vice-governador, Darci Piana, se reuniu com essas lideranças. Na pauta reivindicatória do encontro, a lembrança de que a lei atual prevê 7.305 vagas de policiais civil, mas o efetivo não chega a 4 mil, informa o presidente Fábio Barddal.
O Sinclapol sugere que haja um planejamento e que a gestão seja técnica e não mais política.”O olhar da polícia civil deve ser voltado à prestação de bons serviços à comunidade, e não à política pela política”, observa.
Também falou sobre a superlotação de unidades da polícia civil no centro da cidade de Curitiba. Delegacias, funcionários e presos sofrem com os cárceres onde se ultrapassa em mais de quatro vezes a capacidade.
Também foi entregue ao vice-governador uma minuta de projeto de lei instituindo a carreira única na policial civil do Paraná, que já é uma proposta de lei apresentada pela COBRAPOL (Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis), na SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública), órgão do Ministério da Justiça.
Barddal disse a Piana que só no ano passado houve seis suicídios na Polícia Civil do Paraná, por motivos diversos, mas deduz-se que a desarmonia interna e falta de condições de trabalho, assim como informações de recorrentes casos de assédio contra os nossos policiais corroboram contundentemente para este trágico desfecho.
Participaram do encontro: Sinclapol-Presidente, Fábio Bardal, vice-presidente, Daniel Cortês, diretor de assuntos parlamentares, Rohanito Navarro, diretor jurídico, Milton Miró Vernalha Filho, diretor- adjunto, Misael de Lima Nemecek e Wilson Vila, presidente da União da Polícia Civil. A exceção de Wilson Vila, os demais são diretores do Sinclapol