Pedro Ribeiro

Por Aroldo Murá

A chamada organização social usa dos código fonte de Curitiba sem nada pagar. E quem dirige o ICI é ex-servidor da Prefeitura, para lá levado “num passe mágico”. Finalmente alguém, no Judiciário, aceita denúncia contra o ICI… E onde está o promotor que sumiu?

O Juiz José Orlando Cerqueira Bremer (que foi juiz linha dura de Pinhais) recebeu a denúncia contra o Presidente do ICI, diretores da URBS e uma empresa prestadora de serviços em uma pequena parte das irregularidades do ICI. É apenas o início de um pequeno e tímido passo perto das reiteradas práticas de dispensa de licitação e quarteirização ainda praticadas pela chamada organização social e a Prefeitura.

O fato relevante é que esse escândalo do Instituto Curitiba de Informática é apenas a ponta do iceberg, para usar o clichê muito adequado ao fato. Essa quarteirização continua acontecendo no Instituto Curitiba de Informática e não só com a URBS, mas também com a acionista majoritária da URBS, no caso a Prefeitura de Curitiba de Rafael Greca de Macedo. Todos os secretários assinam contratos com o ICI garantindo-se várias rubricas orçamentárias em diversas áreas,como a exemplo, saúde, educação e todas as demais.

O Instituto Curitiba de Informática continua quarteirizando serviços, não paga pela utilização dos código fontes do Município de Curitiba e direitos autorais; explora outras cidades e não repassa a Curitiba a vaca gorda das cidades modelos. O ICI é gerido pelas empresas de tecnologia e por gestores públicos da prefeitura de alto escalão, pertencentes ao “conselho do Instituto”; são responsáveis por avaliar a política de contratação, estranhamente…

O Instituto apenas aumentou os seus valores de repasse, tendo adquirido e quarteirizado novos contratos, como a exemplo da Muralha Digital tão aclamada pelo ‘imperador das araucárias, contrato milionário que se utiliza de softwares espiões da vida urbana e estrutura de TI subcontratado pelo ICI (quarteirizado).

A pergunta que não quer calar é: o que aconteceu com as irregularidades constatadas pelo GAECO a respeito do ICI? O “acordo” celebrado entre a Prefeitura de Rafael Greca de Macedo e o Instituto Curitiba de Informática deu o perdão a todos os envolvidos nas irregularidades e ilícitos dasuarteirizações e dos códigos fontes? O GAECO investigou, emitiu parecer contra o ra apurar a responsabilidade de gestores e responsáveis em evitar o dano ao patrimônio da prefeitura.

O que aconteceu com o Promotor do Gaeco, Felipe Lamarão de Paula Soares, que investigou as fraudes do ICI? E o prefeito Rafael Valdomiro Greca de Macedo não teve mais conversas com o notável Aroldo Jacobovicz, ou apenas foi no casamento da filha do chamado “dono oculto” do ICI? Os códigos fontes, propriedade do ICI, foram transferidos sem procedimento licitatório e de maneira ilegal.

A pergunta que não quer calar é se alguém foi processado ou respondeu por improbidade administrativa? E também criminal? E mais: como fica o sequestro da Prefeitura pelo ICI? O assessor de Greca virou presidente do ICI, sem passar por quarentena….simplesmente minutou os contratos que agora administra. Como diz o ditado “pau que bate em Chico, bate em Francisco também”. Com a palavra o Ministério Público, que voltou a agir após a vacina.

Aroldo Murá é jornalista