Pedro Ribeiro

Ao afirmar, em alto tom que “precisamos combater o assassinato de reputações”, durante conversa com seletivo grupo de  empresários do setor produtivo de vários estados, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deixou claro qual o seu lado na atual política, bem como deu a entender que poderá disputar a Presidência da República.

Pacheco certamente se referia aos discursos de ódio proferidos pelo presidente Jair Bolsonaro contra uma das maiores instituições democráticas do país que é o Supremo Tribunal Federal. numa atitude golpista.

Os livros nos mostram que a expressão “assassinato de caráter” tem sido acionada para se referir a expressões de difamação agravadas, que consistiriam em tentativa de destruir a representação moral de um sujeito ou de grupos sociais por meio de narrativas depreciativas ao seu respeito.

Serve também para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando voltamos os olhos para a obra literária escrita pelo delegado Romeu Tuma Junior com o título “assassinato de reputação” referindo-se aos métodos colocados em prática pelo governo Lula. Aprendeu com o pai, senador e diretor do Dops, sobre o convívio com o então preso especial do Dops, sindicalista Lula.

Se Rodrigo Pacheco pautar seu discurso rumo ao Palácio do Planalto dentro dessa ótica de combate à disseminação de informações inverídicas e ou distorcidas, visando consequências na lógica da perda de outros direitos, como trabalho, participação política, liberdade de associação, entre outros, certamente terá o apoio da classe intelectual, dos empresários e da juventude dos bancos escolares.