Com juros em baixa, investidores buscam rentabilidade na renda variável

Após cinco cortes consecutivos, a taxa básica de juros da economia brasileira alcançou o menor patamar desde março de 2022. Nesta quarta-feira (31), o Comitê de Política Monetária do Banco Central cortou a Selic em meio ponto percentual, para 11,25% ao ano. O boletim Focus desta semana destaca que o mercado ainda enxerga espaço para mais cortes, o que deve impulsionar os investimentos em renda variável.

O consenso do mercado financeiro aponta que fundos imobiliários, de energia e de ações estão mais atrativos. Considerando os fundos que investem em empresas menores e nas grandes corporações pagadoras de dividendos, uma gestora de investimentos de Curitiba se destaca com os melhores resultados do Brasil.

O diretor de gestão da 4UM Investimentos, Giuliano Dedini, explica que os dois fundos estão entre os mais antigos do Brasil. Isso mostra a resiliência e confiabilidade das carteiras. Considerando os resultados desde a criação dos fundos, em 2008, eles acumulam as melhores rentabilidades do País.

“Temos dois fundos de ações que são a nossa especialidade. Um dentro do nicho de Small Caps, que são empresas menos acompanhadas pelo mercado, e outro fundo dentro do nicho de Dividendos, que são empresas muito maduras e pagadoras de bons dividendos. Nossos dois fundos estão entre os mais antigos do Brasil nestas categorias. E quando a gente olha um histórico longo — ou seja, desde a criação dos fundos, em 2008 — eles são os melhores nas suas respectivas categorias. Não tem ninguém que, de lá para cá, conseguiu performar tão bem quanto nós”, diz o gestor.

RENDA VARIÁVEL AVANÇA

O ano de 2023 foi bom para o mercado em geral. Mesmo assim, os fundos da gestora curitibana entregaram rentabilidades acima da média. O fundo 4UM Small Caps – que seleciona empresas menores, com maior potencial de crescimento – valorizou 40% nos últimos 12 meses, obtendo o melhor resultado do Brasil:

“O nosso fundo foi o melhor, o número 1 da indústria de Small Caps do Brasil, o que aumentou ainda mais a distância para a concorrência. Ele entregou um resultado fruto de vários acertos, e não apenas um. Tivemos algumas companhias de destaque, como Valid (VLID3), Fras-Le (FRAS3) e a própria Eztec (EZTC3) que ao longo desse último ano performaram muito bem na nossa carteira”, destaca Dedini.

DIVIDENDOS

Um pouco mais conservador, o fundo de investimentos focado em pagamento de dividendos tem uma carteira bem diversificada. Giuliano Dedini detalha que o fundo é formado, em média, por 30 empresas consolidadas e que atuam em setores resilientes do mercado. Foi dessa forma que a carteira alcançou uma rentabilidade de 26% em 2023, entregando uma das melhores performances do Brasil com baixa volatilidade.

“No caso do Fundo de Dividendos, se dividirmos a indústria em quintis, estamos no topo, entre os 20% mais rentáveis. Ao mesmo, em 2023, ficamos entre os fundos com menor volatilidade. Ou seja, o nosso fundo é um dos poucos que consegue ao mesmo entregar muito retorno e pouca volatilidade, pouco risco“, analisa o especialista.

Mesmo com resultados tão expressivos em 2023, o diretor de gestão da 4UM Investimentos avalia que há espaço para crescimento na renda variável. Ele reforça, no entanto, que a visão do investidor precisa ser de longo prazo. Como o nome sugere, a renda variável tem a característica de passar por períodos de alta e de baixa. No entanto, a Economia dá sinais positivos.

“Há três principais indícios: o primeiro é o ciclo de juros. A gente ainda tem espaço para a queda de juros no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa. Historicamente, nestes momentos em que os juros vão caindo, a renda variável vai performando pelos meses seguintes”, diz Dedini.

“O segundo indício é o tamanho da exposição que os investidores em geral têm na bolsa brasileira, que ainda é baixo. Ou seja, brasileiros e estrangeiros podem investir mais. E o terceiro [indício] é que as companhias brasileiras, em sua grande maioria, têm entregue bons resultados“, concluiu.

INVESTIDORES PRIVADOS E INSTITUCIONAIS

Os dois fundos da 4UM Investimentos são abertos para o público geral em podem ser encontrados em plataformas parceiras, com aplicação mínima de R$ 500,00. Em conjunto, as carteiras de Small Caps e de Dividendos somam um patrimônio próximo de R$ 600 milhões.

Para o investidor pessoa física, a vantagem é contar com uma equipe especializada e um pagamento simplificado de tributos, apenas na hora do resgate dos ganhos acumulados. No entanto, 90% do patrimônio destas carteiras vêm de grandes fundos de pensão brasileiros e de famílias de alta renda.

“Isso é bom para nós porque este tipo de público não está sempre entrando e saindo do fundo. É uma característica que traz mais saúde para a nossa gestão, uma vez que eles têm, de fato, um horizonte de longo prazo. Então, é um patrimônio bem mais resiliente. Temos investido conosco o patrimônio de algumas das principais fundações do Brasil, como Eletrobras, Copel, entre outras”, destacou Dedini.

4UM INVESTIMENTOS

Sediada em Curitiba, a 4UM Investimentos tem mais de 20 anos de atuação no mercado e faz a gestão de um patrimônio de mais de R$ 7 bilhões. A maioria dos recursos vem de clientes institucionais, como fundos de pensão, e de famílias de grande patrimônio.

A gestora é a principal empresa do setor do Sul do Brasil e uma das poucas que atuam fora do eixo São Paulo-Rio de Janeiro. O nome “4UM” faz alusão ao DDD de Curitiba (41). E a localização às margens do núcleo financeiro do País permite uma visão mais ampla e diferenciada em relação às concorrentes.