Acidente BR-116: ônibus que capotou fazia viagem irregular, diz ANTT

Segundo o órgão, o veículo é habilitado e tinha licença cadastrada para realização de viagens apenas em regime de fretamento

Conforme a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), o ônibus que capotou na BR-116, em Capina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba, estava fazendo uma viagem irregular. Segundo o órgão, o veículo é habilitado e tinha licença cadastrada para realização de viagens em regime de fretamento. 

Ou seja, um serviço prestado mediante contrato fechado a uma pessoa ou um grupo de pessoas para um viagem específica, sem cobrança de passagem individual. Apesar disso, o ônibus estaria praticando viagem em regime regular, quando existe o pagamento pelo serviço por cada passageiro. 

A ANTT também informou, por meio de nota, que a Buser – aplicativo que oferece viagens mais baratas por meio de empresas de viação rodoviárias tradicionais – não é uma empresa sujeita à fiscalização direta, já que não é uma empresa de transporte. “No entanto, as apreensões de veículos associados à Buser frequentemente decorrem do uso de empresas que não possuem a autorização necessária para a prestação do serviço”, detalha.

Capotamento de ônibus na BR-116, em Campina Grande do Sul

O ônibus, da empresa Capanema Tur, fazia a linha Campinas/Curitiba quando capotou com 52 passageiros em um trecho de reta na BR-116. Uma mulher, Patrícia Marinovic, de 51 anos, morreu no local. Outras 16 pessoas ficaram feridas, uma delas em estado grave. 

Em depoimento a PCPR (Polícia Civil do Paraná), o condutor, Paulo Marques Filho, afirmou que a vítima fatal e uma outra passageira estavam na cabine do veículo quando ele dormiu ao volante. Segundo o delegado Gustavo de Pinho Alves, o homem deve responder pelos crimes de homicídio culposo e lesão corporal culposa – quando não há intenção.

Ainda ontem um dos gerentes da Capanema Tur prestou depoimento e disse que o condutor trabalha na empresa há mais de dois anos e garantiu que o ônibus estava com a documentação e manutenção em dia.  Já o aplicativo Buser informou, por meio de nota, que ‘ao contrário do que informação a ANTT, não havia nenhuma irregularidade na viagem’ e que ela foi ‘feita dentro de um modelo que não prevê venda de passagens, complementando modelo de linhas’.