AIDS: a prevenção é o melhor caminho

Nesta semana, foi celebrado o Dia Internacional de Luta contra a AIDS (1.º/12), data instituída pela Organização Mundial..

Nesta semana, foi celebrado o Dia Internacional de Luta contra a AIDS (1.º/12), data instituída pela Organização Mundial da Saúde com o objetivo de promover conscientização da doença ao redor do mundo e reforçar a importância da prevenção. Esse tema se mostra ainda mais importante nos dias de hoje, pois, embora os tratamentos sejam avançados e garantam que portadores da enfermidade não a transmitam mais, não podemos nos esquecer dos cuidados de prevenção. Na coluna de hoje, a Unimed Curitiba entrevistou o médico cooperado especialista em infectologia Victor Horácio de Souza, que traz dicas e informações sobre causa da AIDS, o que é, cuidados, cura, tratamento e mais. Boa leitura!

O que é a AIDS

Ela é uma doença infectocontagiosa causada pelo vírus da imunodeficiência humana, o HIV. Esse vírus ataca diretamente o sistema imunológico e diminui a taxa de células essenciais para defesa do organismo contra outras doenças, inclusive sendo fator de risco para a COVID-19. No mundo, de acordo com a UNAIDS, agência da Organização das Nações Unidas especializada na doença, existem 37,7 milhões de pessoas vivendo com a enfermidade, das quais 6,1 milhões não sabem que estão doentes e 1,7 são crianças de 0 a 14 anos.

Transmissão e prevenção

A transmissão se dá por meio de relações sexuais (com penetração) desprotegidas e uso de agulhas ou produtos sanguíneos infectados. “A transmissão da AIDS depende do contato com as mucosas ou com alguma área ferida do corpo. Por isso, o uso de preservativo é a melhor forma de prevenção à doença. Proteja-se”, comentou o cooperado da Unimed Curitiba. Além disso, é imprescindível usar somente seringas descartáveis e tomar as vacinas contra HIV é altamente indicado pelos especialistas.

Há cura?

A AIDS é crônica e não tem cura, mas hoje em dia os tratamentos são tão avançados que podem chegar a impedir que o doente transmita o vírus. “Hoje, é muito difícil uma pessoa ir à óbito por HIV. Só se ela abandonar o tratamento, não saber que tem a doença ou ter algo associado que acabe causando a morte”, afirma o infectologista, que diz que a doença é extremamente controlável e não reduz a qualidade e expectativa de vida como há alguns anos. Esse fato é refletido nas pesquisas mais recentes da UNAIDS, que mostraram que a mortalidade relacionada à doença diminuiu em 53% entre mulheres e meninas e em 41% entre homens e meninos desde 2010.

Sintomas e diagnóstico

De acordo com o especialista, os sinais podem demorar para aparecer após a pessoa contrair o vírus. “No entanto, nesse período em que a pessoa não tem sintomas, ela continua sendo um portador do HIV, mas ainda não desenvolveu a síndrome da imunodeficiência humana, que é a AIDS. Existe essa diferença, você pode estar com o vírus e não estar tendo sintomas ou você já pode ter a clínica específica da doença”, alerta. Por isso, é recomendado manter um acompanhamento médico de rotina para diagnosticar a AIDS e outras doenças precocemente e evitar transmitir o vírus sem ter o conhecimento.

No entanto, os sintomas mais comuns são febre constante, manchas na pele, ínguas, calafrios e dores de cabeça, de garganta e musculares. Ao sentir esses sintomas, procure um médico especializado o mais rápido possível para ser testado, geralmente por coleta de sangue ou fluido oral, diagnosticar a enfermidade e iniciar o melhor tratamento. Cuide de você, priorize a sua saúde!