Amamentar é saudável para o bebê e reduz o risco de câncer de mama na mãe

Este mês é conhecido como Agosto Dourado por uma bela causa, a luta pelo incentivo à amamentação. O ouro foi escolhido p..

Este mês é conhecido como Agosto Dourado por uma bela causa, a luta pelo incentivo à amamentação. O ouro foi escolhido para representar a qualidade do leite materno, que, além de ser a opção mais saudável e recomendada para o bebê, é capaz de criar um laço forte de relacionamento entre mãe e filho, e ainda pode reduzir o risco da mãe desenvolver câncer de mama. Na coluna de hoje, vamos falar sobre a importância do aleitamento materno, seus benefícios e desmistificar crenças populares em uma conversa com os médicos cooperados da Unimed Curitiba Marli Madalena Perozin, especialista em pediatria, e Cícero de Andrade Urban, especialista em mastologia. Confira!

 

A importância da amamentação

O aleitamento materno traz benefícios para o bebê e para a mãe. Quem amamenta, além de proporcionar um vínculo afetivo intenso e repleto de amor, também está desenvolvendo o seu próprio corpo e afastando possíveis doenças. De acordo com o médico mastologista, “a mãe que amamenta desenvolve a mama, o que diminui até o risco de câncer”. Quem escolhe não amamentar possui maior quantidade de células-tronco nas mamas, que só são completamente desenvolvidas após o aleitamento. Essa alta quantidade pode gerar maiores chances de contrair o câncer de mama, o tipo mais incidente em mulheres no mundo e a causa mais frequente de morte por câncer, de acordo com a Agência Internacional para Pesquisa em Câncer.

Já para o bebê, os benefícios são inúmeros. A amamentação é um dos principais fatores para o bom desenvolvimento físico e garante que a criança está recebendo todas as vitaminas e nutrientes essenciais para essa fase de crescimento. “Isso sem contar a proximidade que o bebê cria com sua mãe já nos seus primeiros momentos. É um momento único e excepcional que fará uma mudança muito positiva para o restante da vida”, complementa a pediatra.

 

É possível transmitir COVID-19 no ato de amamentar?

De acordo com a médica, até o momento, não há comprovação científica de que os bebês possam se contaminar pelo coronavírus ao receber o leite da mãe infectada. “Existem muitos estudos em andamento, mas ainda não é possível dar uma resposta definitiva. Contudo, isso não descarta o fato de que a mãe deve ser testada antes, pois dessa forma ela irá saber se precisa tomar medidas de precaução mais cautelosas, como o uso de máscara durante o ato da amamentação e intensificar a higiene corporal”, afirma a especialista em pediatria.

 

Até quando devo amamentar?

Não há uma idade certa para parar de amamentar. “Embora a recomendação inicial seja de aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e, a partir desse momento até os 2 anos de idade como complemento à alimentação pastosa e sólida, muitas mães desejam estreitar esse período para três anos ou mais”, afirma Marli. O médico Cícero também reforça que esse período é repleto de aprendizados e a decisão cabe à mãe. “Se ela deseja continuar amamentando e a criança ainda tem o desejo, não há motivo para parar. Esse vínculo é que irá definir o momento certo de interromper o aleitamento materno”. Além disso, vale ressaltar que, a partir do momento que a criança começa a ter dentes, pode ser um sinal de que o tempo de migrar para a alimentação está próximo.

 

Mitos populares e verdades sobre o aleitamento materno

Você já ouviu falar que mulheres que amamentam não podem fazer exames de rotina, principalmente os de imagem? De acordo com o especialista em mastologia, isso é um mito muito popular que afasta as mães do acompanhamento médico. “Os exames são bem-vindos em qualquer etapa da vida, desde que bem acompanhado e orientado. Mas eles são ainda mais importantes durante a amamentação, pois podem diagnosticar rapidamente algumas doenças muito comuns nessa fase, como a mastite e até mesmo o câncer de mama”, ressalta. Por isso, procure um especialista de preferência e mantenha os seus exames em dia.

Outro mito comum é que a mãe deve parar de amamentar após ser diagnosticada com mastite. “Pelo contrário, a paciente deve ser tratada e, quando devidamente orientada por um especialista, retornar à amamentação. É preciso estimular esse retorno”, finaliza o mastologista.

 

Nós cuidamos de você na caminhada da maternidade

Clientes da Unimed Curitiba têm acesso a um programa exclusivo e gratuito chamado Mamãe & Bebê, no qual profissionais especializados na maternidade acompanham as pacientes desde o início dessa jornada. O objetivo dessa ação é trazer informações relevantes, dar dicas de cuidado e garantir a melhor experiência para a mãe e para a criança. Para conferir mais informações sobre o programa e se inscrever, entre em contato com a Unimed Curitiba pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (41) 3021-9193.