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Banco do Brasil atinge lucro recorde, mas presidente diz que privatização é inevitável

O Banco do Brasil (BB) atingiu lucro recorde de R$ 17,8 bilhões em 2019, resultado 32,1% superior ao registrado em 2018...

O Banco do Brasil (BB) atingiu lucro recorde de R$ 17,8 bilhões em 2019, resultado 32,1% superior ao registrado em 2018.

Somente no último trimestre de 2019, a instituição bancária já alcançava um lucro líquido ajustado de R$ 4,6 bilhões. Este valor representou um crescimento de 20,3% em relação ao totalizado no último trimestre de 2018.

Para o presidente do BB, Rubem Novaes, o banco vivencia “um momento bastante feliz na sua história”. “É o maior lucro em termos reais e a rentabilidade sobre patrimônio é excepcional, chegando muito próximo dos nossos parceiros privados”, afirmou na manhã de hoje (13), em São Paulo, durante anúncio do balanço.

A instituição bancária fechou o ano com uma redução de 2,6% na carteira de crédito ampliada, que somou R$ 680,7 bilhões. Já a carteira MPME (para micro, pequenas e médias empresas) cresceu 8,5% no período, chegando a R$ 64,5 bilhões.

Para 2020, a previsão é de que o banco fature de R$ 18,5 bilhões a R$ 20,5 bilhões. A projeção é de que a carteira de crédito tenha alta de 5,5% a 8,5%, a partir de um aumento que deve variar de 10% a 13% no varejo, de 2% a 5% no atacado e de 1% a 4% na esfera do agronegócio.

Crédito rural

O balanço apresentado também documenta piora no âmbito do crédito rural, que teve uma queda de R$ 1,7 bilhão, equivalente a 1%. De acordo com o BB, a redução de R$ 5,6 bilhões na Comercialização Agropecuária foi compensada pelo aumento na carteira de Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO Rural), de R$ 2 bilhões, e pelo Investimento Agropecuário, de R$ 2,3 bilhões. A instituição informou ainda que, entre empresários do agronegócio, sua participação de mercado foi de 64,4%, mesmo nível de 2018.

Sobre o crédito rural, Novaes ponderou ser necessário que o governo reconsidere os critérios para concessão. “Não há nada mais importante hoje, no setor rural, do que a revisão das exigências de capital, feitas pelo Banco Central para o crédito agrícola.  Nós entendemos que são exageradas essas exigências e, se houver uma redução desses valores, poderá haver uma grande expansão do crédito rural no país”, disse Novaes.

O vice-presidente de Agronegócios e Governo, João Rabelo, destacou que a estratégia do banco para o setor do agronegócio é agilizar a liberação de créditos por meio de plataformas digitais. Ele acrescentou que o intuito é ampliar os contratos com pessoa física.

Atualmente, o banco tem preparado agências para atender especificamente a esse público. A rede do BB conta com aproximadamente 5.400 pontos de atendimento em todo o país, sendo que cerca de 13% tem esse perfil. “Temos 746 agências vocacionadas ao agro , convencer o presidente da República.”