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Bocardi nega racismo no Bom Dia SP: alguém como eu não pode ter preconceito

Bocardi nega racismo no Bom Dia SP: alguém como eu não pode ter preconceito

Rodrigo Bocardi, apresentador do Bom Dia São Paulo, negou que teve um ato de racismo na edição do programa da manhã dest..

Redação - sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020 - 14:12

Rodrigo Bocardi, apresentador do Bom Dia São Paulo, negou que teve um ato de racismo na edição do programa da manhã desta sexta-feira (7).

Tudo aconteceu durante a entrada do repórter Tiago Scheurer na linha vermelha do metrô da capital paulista. Ele entrevistou um rapaz chamado Leonel, que esperava por um trem e estava vestido com uma camiseta do Clube Pinheiros, tradicional em São Paulo.

Bocardi perguntou se o entrevistado “ia pegar bolinhas de tênis”, mas ouviu a resposta que ele era atleta de polo aquático. “Aí sim, eu estava achando que era um dos meus parceiros ali que me ajudam nas partidas. Manda os parabéns para ele”, respondeu o apresentador.

O episódio passou a ter muita repercussão na internet, que acusou Bocardi de dar um exemplo de racismo estrutural.

“TRISTE”, BOCARDI PEDE DESCULPAS AO NEGAR RACISMO

Além de declarar tristeza pelo episódio, Bocardi alegou que a camiseta usada por Leonel durante a entrevista o confundiu por ele frequentar o Clube Pinheiros.

O apresentador disse que frequenta o clube para jogar tênis e que alguém como ele “não pode ter preconceito” por sua origem “humilde”.

Confira a nota completa do apresentador:

Muito triste a acusação de preconceito. Eu pratico tênis no Clube Pinheiros. Os jogadores de tênis não usam uniformes, mas os pegadores/rebatedores, sim: uma camiseta igual a do Leonel, com quem tive o prazer de conversar hoje.

Ao vê-lo com a camiseta que vejo sempre, todos os dias, pegadores/rebatedores de todas as cores de pele, pensei que fosse um deles. Não frequento outras áreas do clube onde outros esportes são praticados. E não sabia que a camiseta era parecida. Se soubesse, teria perguntado em qual área ou esporte trabalhava ou treinava.

Nunca escondi minha origem humilde. Comecei a vida como garoto pobre, contínuo, andando mais de duas horas de ônibus todos os dias para ir e voltar do trabalho e escola. Alguém como eu não pode ter preconceito. Eu não tenho, nunca tive, nunca terei. E condeno atitude assim todos os dias.

Mas se ofendi pessoas que não conhecem esses meus argumentos e a minha história, peço desculpas. Não o chamei de pegador pela cor da pele ou pela presença num trem. Chamei-o por ver que vestia o uniforme que eu sempre vejo os pegadores usarem. Peço desculpas a todos e em especial ao Leonel“.

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