Capela Santa Maria tem noite de tango nesta sexta (13)

A apresentação propõe um passeio musical histórico a partir dos anos 20, através dos símbolos culturais do tango, a dança e a música.

O espaço cultural Capela Santa Maria, em Curitiba, recebe, nesta sexta-feira (13), uma apresentação da Orquestra Paranaense de Tango. Com uma formação tradicional que remonta os primeiros grupos típicos de tango, a Orquestra reúne no palco dançarinos e obras de compositores aclamados pelo público, como Piazzolla, Arolas, Pugliese e Gardel. Os ingressos estão esgotados.

A apresentação propõe um passeio musical histórico a partir dos anos 1920, através dos símbolos culturais do tango, a dança e a música, expressão que atualmente já recebe o título de patrimônio imaterial da humanidade pela Unesco.

O par de dançarinos, Nina Rodrigues e Julian Cazuni, premiados com a coreografia Felicia, de Manuel Ortiz, em diversos festivais de Curitiba e São Paulo, completam a produção com as coreografias dramáticas ao som de Danzarin, de Aníbal Troilo e Michelangelo 70, de Astor Piazzolla.

Além desses dois grandes compositores, o repertório transita ainda entre diversas fases do estilo, desde o mais antigo ao contemporâneo, respeitando seu legado musical. Também estão entre as composições Comme Il Faut, de Eduardo Arolas, El dia que me quieras, de Carlos Gardel, El Huracán, de Edgardo Donato.

Foi a paixão forte pelo tango que uniu músicos experientes com carreiras sólidas nacionalmente. Instrumento típico das primeiras gerações do tango, o bandoneón, faz parte do formato da Orquestra, tocado pelo músico argentino residente no Brasil há 25 anos, Martin Mirol.

Se unem a ele, músicos que fazem parte de outros grupos consolidados na cidade, como a Orquestra Sinfônica do Paraná, Camerata Antiqua de Curitiba e da Orquestra à Base de Sopro. Estão os violinos de Dan Tolomony e Vitor Andrade; Jader Cruz, na viola; Marcus Ribeiro, no violoncelo; Rafael Rodrigues, no contrabaixo; Davi Sartori, no piano e Victor Gabriel, no clarinete. 

Orquestra Paranaense de Tango

A Orquestra Paranaense de Tango (OPRT) chegou para suprir uma carência sonora na capital paranaense. A receptividade à iniciativa é percebida mesmo antes da estreia. Em menos de dois meses já alcançou reconhecimento da comunidade tangueira com cerca de 2,5mil curtidas no Instagram incluindo páginas de grande circulação e diversos convites para concertos.

Essa visibilidade se deu pelo caminho já estar sendo trilhado, principalmente pelo grupo que originou à Orquestra, o De Prepo Trio. Um dos integrantes e também idealizador da OPRT, Victor Gabriel Castro, afirma: “A intenção foi juntar músicos de formação acadêmica, assim como o início da história do Tango, instrumentistas com repertório clássico com músicos da área popular”.