Capitão e soldado da PM são alvos de investigação de assédio sexual

Os crimes aconteceram dentro do Hospital da Polícia Militar do Paraná entre 2021 e 2022

Um capitão e uma soldado da Polícia Militar do Paraná estão sendo investigados por assédio e importunação sexual no Hospital da PM, em Curitiba. O caso tramita sob sigilo, segundo o MPPR (Ministério Público do Paraná). 

Moisés Alves Nunes e Dayane Angélica Pereira, segundo a denúncia, abordavam as vítimas – uma delas menor de idade – durante o expediente de trabalho. Elas eram convidadas para sexo e tocadas sem consentimento. 

Os crimes foram cometidos entre abril de 2021 e outubro de 2022. Conforme o MPPR, o capitão foi denunciado criminalmente por assédio sexual, assédio sexual contra menor de 18 anos e importunação sexual. Já a soldado pelos crimes de violação de sigilo funcional, prevaricação e assédio sexual. 

O processo se encontra em andamento e as testemunhas foram ouvidas em audiência de instrução ocorrida em julho de 2023. 

Por meio de nota, a Polícia Militar afirmou que apurou todos os fatos denunciados, envolvendo acusações de assédio sexual e moral e estão sob análise do Poder Judiciário. “A corporação não coadunada com qualquer desvio de conduta e promove diariamente os direitos humanos e o cumprimento das leis.”

Além disso, afirmou que não serão divulgadas informações complementares em respeito ao sigilo de justiça para resguardar a identidade e intimidade de potenciais vítimas. 

Um dos advogados de defesa das vítimas, Eduardo Miléo, disse que os fatos são de extrema gravidade. “As vítimas descrevem condutas aterrorizantes, que lhes trouxeram grandes traumas. Num ambiente de trabalho, ainda mais em uma instituição militar, os colaboradores deveriam se sentir acolhidos e seguros. Esperamos que a Justiça Militar condene essas pessoas, excluindo-as da Corporação.”

A PM não respondeu ao questionamento da reportagem se os oficiais acusados continuam exercendo suas funções normalmente ou foram afastados.