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CNJ abre reclamação disciplinar contra Gabriela Hardt, ex-juíza da Lava Jato

CNJ abre reclamação disciplinar contra Gabriela Hardt, ex-juíza da Lava Jato

O corregedor nacional, ministro Luis Felipe Salomão, acatou um pedido do ex-deputado estadual Tony Garcia, que acusa Hardt de ter sido inerte.

Angélica Fenley Belich - terça-feira, 18 de julho de 2023 - 12:56

A juíza Gabriela Hardt é alvo de uma reclamação disciplinar do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A ação foi aberta para apurar a atuação da magistrada no período em que ela atuou como substituta na 13ª Vara de Curitiba. Em junho, ela foi transferida e deixou os processos da Operação Lava Jato. 

O corregedor nacional, ministro Luis Felipe Salomão, acatou um pedido do ex-deputado estadual e empresário Tony Garcia, que acusa Hardt de ter sido inerte mesmo com ‘conhecimento de fatos potencialmente criminosos praticados pelo então juiz Sergio Moro e Procuradores da República’. 

“Considerando o contexto apresentado e tendo em vista a linha tênue que separa os atos simplesmente jurisdicionais dos que detêm relevância correcional, bem como a cautela peculiar afeta à atuação da Corregedoria Nacional de Justiça, salutar a apuração dos fatos”, diz Salomão em trecho da decisão.

Além disso, Tony Garcia acusa Hardt de ter feito ‘retaliações’ contra ele. No início de junho, Hardt se declarou suspeita para julgar o empresário. Ela alegou ‘foro íntimo’ por já ter protocolado uma representação criminal no Ministério Público. Segundo ela, Garcia cometeu crime contra a honra dela. 

Com a abertura da reclamação disciplinar, Hardt tem o prazo de 15 dias para se manifestar.

Vale lembrar que, em outra decisão, o ministro Luis Felipe Salomão decidiu manter o afastamento do juiz Eduardo Appio

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