Foto: Hully Paiva/SMCS

Crônicas Pandêmicas: Ana Clara Garmendia reúne em livro textos escritos na pandemia

A jornalista e escritora Ana Clara Garmendia acaba de lançar o livro “O mar é logo ali - Crônicas Pandêmicas”. A obra re..

A jornalista e escritora Ana Clara Garmendia acaba de lançar o livro “O mar é logo ali – Crônicas Pandêmicas”. A obra reúne a série de crônicas que ela escreveu durante o ano passado, no período em que esteve confinada ao apartamento onde mora, em Paris. Ana Clara, que construiu sua carreira profissional em Curitiba, mora na capital francesa há vários anos.

 

As crônicas pandêmicas foram publicadas inicialmente nas rede sociais.Trazem tanto suas percepções sobre o que de fato acontecia ao seu redor, diante da pandemia de covid-19, como momentos já passados e até imaginados de outras épocas na vida da jornalista e que surgiam em função do confinamento. Misto de desabafo, humor fantasia e muita espontaneidade, as crônicas de Ana Clara ganharam fãs nas redes. E foi justamente do movimento dos fãs pedindo sua publicação em livro que nasceu a ideia de publicar “O Mar é logo ali”.

 

O livro é ilustrado pela também jornalista e ilustradora Márcia Luz, autora do prefácio da obra. “Ana Clara Garmendia é uma pessoa que compartilha a realidade de forma tão natural que parece que estamos ao seu lado, testemunhando o cotidiano de Paris, cidade onde ela mora atualmente e de onde transmite a vida sem cerimônia, sem filtros, com ou sem glamour – o leitor e espectador decide”, escreve Márcia no prefácio.

Veja um trecho da crônica “Paris, nem sei mais o dia”

“O Mais incrível de viver numa situação que não se esperava estar vivendo começa a ser o viver simplesmente. Acordar, comer, malhar, recolher roupas, não ter que pensar na conquista do mundo. As ambições (as minhas, pelo menos) são agora de ver a rua calma. Saí rapidamente para comprar vinho. É sábado, dia de compras. Tem fila no mercado, na tabacaria, vejo um homem cujo encontro eu repudio, ele está com a filha pequena andando de bicicleta na rua vazia. Não tem capacete, nem máscaras, eu fotografo, mas não quero mostrar algo que não deveria acontecer”.

 

O livro pode ser adquirido pelo site da Garmendia Editora.

Leia também: “Concerto às Araucárias” marca reimpressão da obra histórica “Araucarilândia”, de 1930