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DER-PR abre processo do ferry-boat; Prefeitura de Guaratuba quer rescisão imediata

DER-PR abre processo do ferry-boat; Prefeitura de Guaratuba quer rescisão imediata

O DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná) abriu um processo que pode levar à rescisão do contrato de conc..

Narley Resende - quarta-feira, 12 de janeiro de 2022 - 13:50

O DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná) abriu um processo que pode levar à rescisão do contrato de concessão com a BR Travessias, responsável pelo ferry-boat de Guaratuba, no litoral. Problemas vêm sendo relatados pelos usuários desde que a atual empresa assumiu o serviço, em abril do ano passado. Nos finais de semana mais movimentados de dezembro e janeiro, motoristas relataram passar mais cinco horas na fila para realizar a travessia da Baía de Guaratuba. As informações são da Bandnews FM Curitiba.

Diante da situação caótica, e pela segunda vez desde que a BR Travessias assumiu o ferry-boat, a Prefeitura de Guaratuba decretou estado de calamidade pública. A situação é válida por 30 dias. O decreto permite que a prefeitura use a estrutura municipal para agir de forma ativa com o objetivo de minimizar os problemas relatados pela população.

Segundo o prefeito Roberto Justus (DEM), além da demora para a travessia, o ferry-boat se mostrou inseguro:

“São inúmeros os relatos e vídeos provando as imensas dificuldades que os usuários estão enfrentando, seja nas demoras nas filas ou na forma como as embarcações estão sendo manobradas, manutenção acontecendo no meio do período de trabalho, abastecimento das balsas no meio da execução do serviço. Um amadorismo que nos assusta e nos preocupa porque isso pode levar a algum acidente que possa gerar dano ambiental, prejuízo material ou quem sabe até para a saúde ou vida dos usuários”, disse.

Roberto Justus defende que o contrato de concessão com a BR Travessias seja encerrado, e que o serviço seja assumido temporariamente pelo próprio DER-PR. Segundo o prefeito de Guaratuba, a empresa que opera a travessia desde o ano passado “não tem condições de prestar esse serviço”:

“O nosso posicionamento é pela rescisão do contrato. Não dá mais, a empresa não têm condições de prestar esse serviço. É evidente que tem aspectos jurídicos e pareceres que a Procuradoria precisa fazer, mas entendemos que há todas as condições para que isso aconteça. Caberia ao governo do Estado fazer uma nova licitação”, completa.

Contratualmente, a espera para a travessia da Baía de Guaratuba, a partir da compra do bilhete, não pode ser maior do que 32 minutos no período de baixa temporada e de 22 minutos no período de alta temporada. O DER-PR tem fiscalizado o tempo de fila antes da compra do bilhete. Em vários momentos, durante dezembro e janeiro, essa espera superou três ou quatro horas, muito acima do tolerável.

Procurada pela BandNews FM, a BR Travessias não prestou os esclarecimentos solicitados. A empresa responsável pelo ferry-boat se limitou a reconhecer que “ainda não alcançou o serviço de excelência que o usuário merece”, mas “reafirma seu empenho e a realização de investimentos permanentes no sentido de recuperar equipamentos, estruturas”, “assim como de cumprir todas as determinações contratuais, nos prazos estabelecidos”. A concessionária não deu um prazo para a resolução dos problemas.

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