Deslizamento da BR-277 não será resolvido até o Natal
Queda de barreira na BR-277 completa 35 dias hoje; uma nova faixa deve ser liberada até o feriado de Natal, mas a conclusão dos serviços é prevista para o final de janeiro.
Os veranistas devem encontrar dificuldades para chegar ao Litoral do Paraná ao longo do próximo mês. Nesta sexta-feira (18), a queda de barreira na BR-277, na região da Serra do Mar, completa 35 dias.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) fez uma licitação emergencial para a empresa que vai executar a obra de readequação.
De acordo com o diretor-geral do Departamento de Estradas e Rodagem do Paraná (DER-PR), Alexandre Castro Fernandes, a situação deve ser resolvida até o feriado de Natal.
“Essa é uma rodovia federal, então toda a administração é feita pelo DNIT. Nós fomos informados pelo DNIT que foi feito um processo licitatório emergencial para a readequação da BR-277. É uma obra de curto prazo e execução, que não tem muita complexidade. Exista a expectativa que antes do feriado do Natal essa obra já tenha sido concluída”, afirma, em entrevista à BandNews Curitiba.
O ponto crítico aos motoristas fica no km 42 da rodovia, em Morretes, local que registrou uma queda de barreira no dia 15 do mês passado.
A solução para o problema será uma tela metálica com grampos. Serão instaladas barras de metal na rocha, para evitar que novos deslizamentos terminem na rodovia. O órgão federal aguarda a documentação da empresa que assinará o contrato.
O orçamento estimado é de R$ 1.651.722,78. A readequação será paga com recursos federais. Mesmo que a obra seja de responsabilidade do DNIT, o DER-PR afirma que está à disposição para dar suporte ao planejamento.
“Temos feito diversas reuniões com o DNIT e colocando o Governo do Paraná à disposição para dar qualquer tipo de suporte, como um plano B. O plano A é viabilizar a contratação (de uma empresa) via processo emergencial. Caso haja algum entrave nesse processo, o DER vai fazer o que for preciso para as devidas correções”, completa o diretor-geral do DER.
A assinatura do contrato é prevista para esta segunda-feira (21). Uma nova faixa deve ser liberada até o feriado de Natal, mas a conclusão dos serviços é prevista para o final de janeiro.
Uma alternativa para chegar ao litoral do Paraná seria seguir pela BR-376, no sentido Santa Catarina, até Guaratuba e pegar o ferry-boat. No entanto, o serviço funciona com apenas um atracadouro até o início de dezembro.
Segundo a Internacional Marítima, a empresa responsável, o atracadouro 01 está interditado para manutenção.
Prejuízos milionários ao setor de transportes
Um estudo feito pela Fetranspar (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná) aponta que a interdição da BR-277, em Morretes, no litoral, já causou um prejuízo de quase R$ 35 milhões.
Segundo a entidade, a interdição parcial tem gerado filas constantes, aumentado o tempo de deslocamento dos caminhões que seguem para o Porto de Paranaguá.
Com a chegada do verão e o aumento do período chuvoso crescem os riscos de novos deslizamentos de pedras nas estradas, o que pode gerar novas interdições e mais prejuízos aos motoristas e transportadores.
“Isso ocorre porque não há um plano de monitoramento de encostas, acompanhado por profissionais especializados que podem antever possíveis riscos em pontos críticos de rodovias. Isso é extremamente perigoso para usuários que utilizam as rodovias e leva prejuízo para as empresas de transportes e para as comunidades locais”, observa o presidente da Fetranspar, Coronel Sérgio Malucelli.