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“Deus Salve a Rainha” embala multidão em frente ao Palácio de Buckingham

“Deus Salve a Rainha” embala multidão em frente ao Palácio de Buckingham

Dez dias após sua morte, Rainha Elizabeth terá uma despedida oficial na Abadia de Westminster, com a presença de chefes de estado de todo o mundo.

Lorena Nogaroli - sexta-feira, 9 de setembro de 2022 - 09:16

Nem a chuva que caiu durante toda a tarde e noite em Londres impediu milhares de pessoas de irem ao Palácio de Buckingham prestar homenagem à Rainha Elizabeth II, que faleceu na tarde desta quinta-feira (8) aos 96 anos

Ao som do hino “Deus Salve a Rainha”, a multidão chegava por todos os lados, aplaudia, levava flores, chorava. A comoção é geral no Reino Unido com a morte da monarca que reinou por 70 anos e, em fevereiro, comemorou o Jubileu de Platina.

Pela capital inglesa, os monumentos foram apagados e as homenagens estão por toda a parte. Com a morte da rainha, o filho mais velho e herdeiro da monarca assume como Rei Charles III, aos 73 anos.

Elizabeth II morreu no castelo de Balmoral, na Escócia, onde passava as férias de verão, desde julho. Na manhã desta quinta-feira, médicos demonstraram preocupação com o estado de saúde da rainha e os familiares foram acionados – o que deixou toda a população angustiada, pois a família real não se reúne em circunstâncias normais.

A monarca que reinou por mais tempo no Reino Unido vinha sofrendo desde outubro do ano passado, quando passou uma noite hospitalizada para ser submetida a “exames médicos” que nunca foram detalhados. Desde então, Elizabeth II reduziu consideravelmente a agenda, sendo observada caminhando com dificuldade, com o auxílio de uma bengala. 

Com aparições em público cada vez mais raras, foi representada em alguns casos por Charles e pelo filho mais velho dele, o príncipe William, que passa a ser o primeiro na linha de sucessão ao trono.

Elizabeth II era monarca de 15 nações, entre elas Austrália, Canadá e Nova Zelândia. A rainha era uma monarca constitucional – ou seja, embora fosse a chefe de Estado, os poderes do cargo são simbólicos e cerimoniais e quem ocupa o trono deve se manter politicamente neutro. A monarca nomeou 15 primeiros ministros britânicos, sendo o primeiro Winston Churchill, em 1951, e a última, Liz Truss, nomeada apenas 48 horas antes da morte da rainha.

O funeral vai durar 10 dias. Nesta sexta-feira (9), o corpo de Elizabeth II será levado para Edimburgo, capital da Escócia. O caixão segue no domingo (11) para Londres de trem. Na segunda-feira (12) chegará ao Palácio de Buchingham. De 13 a 16 de setembro, o caixão da rainha ficará no Westminster Hall, em uma caixa elevada, conhecida como catafalque, no meio do salão, e permanecerá aberta ao público. 

O funeral vai durar 10 dias. No domingo, 11, o corpo de Elizabeth II será levado para Edimburgo, capital da Escócia. Na segunda, dia 12, haverá uma procissão pela Royal Mile até a St. Giles’ Cathedral, onde o público poderá passar pelo caixão em fila. O corpo segue de trem, na terça, dia 13, para Londres, até o Palácio de Buckingham. De 14 a 17 de setembro, o caixão da rainha ficará no Westminster Hall, em uma caixa elevada, conhecida como catafalque, no meio do salão, e permanecerá aberta ao público. Onze dias após sua morte (conhecido como D+10), na segunda-feira, dia 19, Elizabeth terá sua despedida oficial na Abadia de Westminster, com a presença de membros da família real, figuras do estado britânico e chefes de estado de todo o mundo.

Exatamente às 11h, os carregadores levarão o caixão ao Túmulo do Guerreiro Desconhecido e lá permanecerão, enquanto o Big Ben tocará apenas uma badalada, sinalizando o início de um silêncio nacional de dois minutos. O corpo da rainha segue para Windsor, onde será sepultado ao lado de seu falecido marido, o príncipe Philip, na capela memorial do rei George VI no Castelo de Windsor.

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