Pedro Ribeiro

Oito de Março, Dia Internacional da Mulher. Tema que chama a atenção para discriminações e violências morais, físicas, econômicas e sexuais contra a mulher. A data é símbolo de reivindicações e conquistas dos direitos femininos, sobretudo no âmbito trabalhista, no enfrentamento aos desafios e na superação de barreiras de gênero.

A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná vem, ao longo do ano passado e deste ano, realizando uma série de debates sobre o tema e volta a se reunir no dia 9 para discutir o papel das mulheres no desenvolvimento das cidades.

Segundo informações da Assessoria de Comunicação Social da Alep, neste dia, procuradoras municipais de 23 municípios do Paraná (há mais seis em processo de instalação) estarão em Curitiba, na Assembleia, participando do 1º Encontro Estadual de Procuradorias da Mulher, que começará às 10 horas.

A Assembleia Legislativa está trabalhando para que em cada um dos 399 municípios paranaenses sejam instaladas Procuradorias Municipais. “As Procuradorias Municipais são de vital importância nesta rede de proteção que estamos estruturando porque é onde a mulher mora que acontece a violência. E, é na sua cidade que ela precisa ser amparada e protegida”, defende Cristina Silvestri.

Um estudo elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgado em setembro (o Anuário de Segurança Pública 2019) mostra que no ano de 2018 no Brasil tanto as vítimas de estupro como de feminicídio aumentaram 4%. Mais de 1.200 mulheres foram assassinadas principalmente por seus companheiros ou ex-companheiros no país onde há uma denúncia por violência doméstica a cada dois minutos.

Mesmo cenário de um levantamento do Governo do Paraná que revelou que de janeiro a junho de 2019 foram 26.228 ocorrências, contra 21.048 no primeiro semestre do ano anterior. O aumento foi de 24,6% (ou 5.180 registros) a mais. São ocorrências de diversas naturezas, desde agressão verbal até lesão corporal, contra ambos os sexos, sempre dentro do ambiente doméstico. Na avaliação dos especialistas do Governo, os dados indicam que buscar ajuda vem deixando de ser tabu, principalmente entre as mulheres, em função do empenho dos órgãos públicos em orientar sobre a importância da denúncia.