Pedro Ribeiro

 

Após algumas semanas em férias com a família, Joel Malucelli retorna ao País com um desejo fixo: rever os amigos na sua residência em Morretes. E foi o que fez, nesta sexta-feira, 11 de agosto, programando um jantar na sede do Clube Malutrom.

Durante a tarde de sexta, um vendaval caiu sobre a ilha, onde reside, na localidade do Porto de Cima, com o corte de energia, deixando todo mundo preocupado com a festa comemorativa ao seu aniversário marcado no calendário do dia nove de agosto.

Em Curitiba, Joel informava pelo telefone que, com qualquer tempo a festa iria acontecer e que já estava providenciando muitas velas para o evento. Como sua estrela sempre brilha, a energia voltou, a chuva cessou e lá estava ele, às 19 horas, recebendo os amigos.

Joel, emocionado, ao lado da esposa Mirian, agradeceu a presença das imãs, Rose, Jussara e Solange do irmão, Rosaldo, que veio de São Paulo, além dos amigos presentes e voltou a destacar a amizade. 

Faço esta introdução para aproveitar a data e também homenagear o amigo que, há muito anos, me abriu as portas para meu trabalho, escancarou as portas da sua casa e me introduziu como um irmão junto à sua família, me dando a oportunidade de uma convivência saudável, alegre, principalmente com o futebol do Malutrom, onde pude conhecer alguns países da Europa.

Como jornalista e um de seus ghost writer aprendi muito com seu modo de agir, muitas vezes ao contrário do meu, pautado na tolerância, palavra que não cansa de pregar. Passamos por situações difíceis, estressantes, mas conseguimos superar a todas, principalmente ele, dentro do seu espírito tolerante de agir com as pessoas. 

A exemplo do falecido Francisco Cunha Pereira Filho, com quem também fui colaborar na Gazeta do Povo durante 25 anos, Joel me ensinou e confesso que amadureci na minha profissão. 

Quando editor de economia na Gazeta do Povo, tinha uma coluna chamada Livre Iniciativa, com muita leitura à época. Cunha Pereira me incentivava e, durante todo o período, pouco interferiu no meu trabalho editorial e mesmo quando o fez, me chamava para explicar o por que?. Com muito respeito.

Este comportamento empresarial de respeito encontrei junto ao Joel Malucelli, no Paraná Portal, onde fui o editor-chefe durante oito anos, ou seja, desde sua fundação em 2014. 

Nunca interferiu e quando havia alguma dúvida, sempre me consultava. O máximo que fazia, após uma longa conversa era: “então você decide…”. 

Porém, como ele nunca o fez, também não me permitiu que eu ultrapassasse o Rio Rubicão.

Fui amadurecendo na profissão, estudando a política, uma ciência, filosofia, difícil de entender, que precisa de cuidados especiais no seu trato e, hoje, posso dizer que tenho, pelo menos, um legado na minha vida, que é a credibilidade na profissão. Isso não se adquire de uma hora para outra, mas com esforço, trabalho, dedicação e respeito.

“A credibilidade não é fruto de um momento. É o somatório de uma longa e transparente coerência. É daí que nasce a credibilidade”, sustenta o professor Caros Alberto Di Franco para mostrar um pouco da minha profissão a qual me dedico há 45 anos e quem me conhece sabe que sempre me pautei na verdade e na integridade e assim pretendo terminar meus dias como jornalista.

O jornalismo não está vinculado aos ventos passageiros da política e dos partidarismos. Sua agenda é determinada por valores perenes, ou seja, liberdade, dignidade humana, respeito, promoção da livre-iniciativa e principalmente a abertura ao contraditório. “O jornalismo sustenta a democracia não com engajamentos espúrios, mas com a força informativa da reportagem e com o farol de uma opinião firme, mas equilibrada e magnânima. A reportagem é, sem dúvida, o coração da mídia.

Jornalismo independente reclama liberdade. Não temos dono. Nosso compromisso é com a verdade e com o leitor.

Tive poucos problemas com editoriais, os quais fazem parte da nossa profissão que é a de informar a sociedade. Não inventamos notícias e sim, apenas relatamos os fatos do cotidiano. Muitas vezes somos incompreendidos, notadamente por aqueles que estão muito próximos do príncipe. Patrulhamento que dissemina o ódio.

Voltamos a falar do amigo Joel. Nestes longos anos de convivência e aprendizagem, conheci seu lado altruísta, tanto que criou o Instituto Joel Malucelli para ajudar entidades filantrópicas, em especial hospitais com a compra de aparelhos para atender a camada mais finda e excluída da sociedade. Na área da saúde.

Tenho, portanto, um apreço muito grande por ele, o qual agradeço, sempre, pela oportunidade que me deu. As vezes, pelos longos anos de trabalho juntos penso que tenho conhecimento sobre como pensa e age..

Minha digital é minha dignidade e jamais será mudada, bem como minha admiração, lealdade e respeito pelo amigo Joel Malucelli. 

 

Parabéns, Joel.