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Dono da Havan, Luciano Hang critica Greca, Ratinho e apoia protesto em Curitiba

Dono da Havan, Luciano Hang critica Greca, Ratinho e apoia protesto em Curitiba

A ACP (Associação Comercial do Paraná) contou com a participação do empresário Luciano Hang, dono da Havan, na reunião d..

Redação - segunda-feira, 31 de maio de 2021 - 18:48

A ACP (Associação Comercial do Paraná) contou com a participação do empresário Luciano Hang, dono da Havan, na reunião desta segunda-feira (31) que organizou os detalhes do protesto contra o atual decreto da bandeira vermelha em Curitiba. Durante a fala, Hang criticou o prefeito Rafael Greca e também o governador Ratinho Junior, sem citá-los nominalmente, pela gestão na pandemia. Na visão dele, há exageros nas medidas restritivas para conter o avanço da Covid-19.

“Ou existe maldade ou incompetência dos gestores públicos tanto da cidade de Curitiba quanto do estado do Paraná. Eles não estão resolvendo o problema, estão criando dificuldades. Um dos lugares que mais fecham é Curitiba e um dos estados que estão se excedendo no fechamento é o Paraná”, disparou Hang.

Segundo o empresário, a Havan está com 11 unidades fechadas em todo o Brasil (das 159 existentes). Nove delas são no Paraná, sendo sete em Curitiba, e duas em São Paulo. Vale lembrar que Hang é aliado do presidente Jair Bolsonaro, que entrou com ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para derrubar medidas restritivas adotadas por Ratinho Junior.

Hang ainda apontou que os secretários Beto Preto e Márcia Huçulak, da Saúde, não “querem resolver o problema” e opinou que é preciso dar remédio para a população. Contudo, não existe comprovação científica em relação à eficácia de qualquer medicamento para prevenção da Covid-19, conforme a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), OMS (Organização Mundial da Saúde) e diversas outras entidades sanitárias.

“Não sou daí mandando as pessoas ficarem em casa. Não resolve lockdown”, disse.

PARALISAR ‘GRANDE AVENIDA’ É MELHOR QUE CARREATA, DIZ EMPRESÁRIO LUCIANO HANG

O empresário Luciano Hang ainda deu pitaco sobre como será o protesto e sugeriu que a carreata interrompa o fluxo de uma grande avenida de Curitiba.

“Eu não sei qual vai ser o trajeto, mas deveria terminar na prefeitura de Curitiba. Melhor que carreata é uma paralisação. Pegar uma grande avenida, ou uma grande BR, e parar. Se é para ninguém trabalhar, que ninguém trabalhe. Comércio, serviço, indústria… Mais ninguém. Lockdown geral. Aí talvez funcione. Agora, pegar alguns gatos pingados para ser os pagadores do problema, não podemos aceitar”, avaliou.

Além disso, o dono da Havan reiterou todo o apoio por parte dos colaboradores da empresa. Segundo ele, não é possível mais aceitar a paralisação do comércio.

“Todos os nossos gerentes e toda a nossa força de trabalho estará nas ruas com vocês. Essa passeata já deveria ter acontecido antes. Só mostrando o poder de quem gera impostos e empregos para esse pessoal incompetente para que talvez eles acordem para resolver, e não criar, problema”, completou Hang.

PROTESTO MARCADO EM CURITIBA

A ACP marcou uma manifestação para as 17h desta terça-feira (1) para contestar as atuais medidas de enfrentamento à Covid-19. Além de Luciano Hang, dono da Havan, também participaram da reunião representantes de restaurantes e bares, academias, eventos e a vereadora Indiara Barbosa. Todos criticam a gestão de Rafael Greca e apoiam o protesto pela liberação do atendimento presencial nos estabelecimentos.

Apesar de algumas falas nesse sentido, não foi decretado lockdown em Curitiba e nem no Paraná. O termo significa fechamento total de todas as atividades não essenciais. O atual decreto restringe diversos o funcionamento de estabelecimentos em regime de delivery, drive thru ou retirada no balcão.

O atual decreto é mais restritivo que o anterior, devido à lotação máxima dos leitos da cidade e o aumento da transmissão da covid. Ou seja, os hospitais e unidades de Saúde estão no limite de atendimentos, e os casos seguem em alta. Diante desse cenário, a SMS (Secretaria Municipal da Saúde) sofre pressão de dois lados:  setores econômicos pedem mais flexibilização e os representantes da área da Saúde pedem mais restrições.

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