Economia
Economia Verde se destaca e representa 32,9% do PIB do Paraná
(Foto: João Saplak | Pexels)

Economia Verde se destaca e representa 32,9% do PIB do Paraná

O modelo econômico alcançou a soma de R$ 140 bilhões em 2020

Brenda Iung - quarta-feira, 24 de abril de 2024 - 16:00

O Governo do Estado lançou, nesta quarta-feira (24), dois estudos desenvolvidos pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), para apoiar a construção de indicadores econômicos. São eles: o PIB da Economia Verde Paranaense e a atualização da Matriz Insumo-Produto do Paraná (MIP).

Economia Verde no Paraná

De acordo com conceito divulgado pelo Governo do Paraná, a economia verde é um modelo econômico que visa melhorar o bem-estar da população, ao mesmo tempo em que busca reduzir riscos ambientais e promover o uso racional dos recursos naturais. Não somente, as ações propostas pelo modelo envolvem a redução considerável de danos ambientais e a aplicação de medidas para minimizar os impactos causados pelas mudanças climáticas.

O Governo defende que essa é uma tendência mundial e que envolve: sustentabilidade, transição energética, clima, segurança alimentar e descarbonização das cadeiras. O Paraná se destaca em relação aos outros estados e, até mesmo, países. O governo paranaense explica, ainda, que caminha para avançar ainda mais nesse setor.

“O Paraná foi reconhecido, por três vezes consecutivas, como o Estado mais sustentável do Brasil e está bem posicionado naqueles grandes atributos verdes. Temos que gerar agora um ambiente favorável para as empresas poderem se capitalizar dessa realidade”, disse o secretário de Planejamento, Guto Silva.

Segundo o relatório, a economia verde tem uma representatividade essencial nos dados do Paraná. Cerca de um terço do PIB estadual total (32,9%) está relacionado ao modelo econômico. Em 2020, ano que contempla a análise, a economia verde somou R$ 140,1 bilhões. O estudo analisa quais são as áreas que mais contribuíram para esse resultado: a agropecuária (R$ 56 bilhões), o setor de serviços (R$ 51 bilhões) e a indústria (R$ 32 bilhões).

A boa conduta da agropecuária no estado é responsável pela condição favorável do setor, o Governo do Paraná defende haver inexistência de atividades reconhecidamente danosas na estrutura produtiva, como extração de madeira em florestas nativas, caça de animais, retirada de vegetação natural para a produção de carvão e coleta de palmito não plantado, por exemplo.

Já na área de serviços, o relatório destaca a aderência à economia verde em subatividades de transporte, armazenagem e correio e as ações da administração pública.

A indústria, no entanto, tem desafios maiores por usar refino de petróleo e ter alto volume de fabricação de automóveis. Mas a geração de energia elétrica e o saneamento, que fazem parte dos Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUPs) e crescem na utilização de fontes renováveis e impulsionam ações no âmbito social, refletem positivamente na matriz paranaense de economia verde.

Para Guto Silva, esse bom resultado deve alavancar novos negócios no estado e trazer as organizações para o amplo debate que o modelo econômico fomenta: “isso é importante para que a gente possa ter um olhar a longo prazo, em que o Paraná possa gerar emprego, aumentar sua renda e, sobretudo, aproveitar essa tendência verde para o qual o mundo tem dado cada vez mais atenção”.

Jorge Callado, diretor-presidente do Ipardes, destaca a importância da pesquisa para mostrar a relevância que o Paraná dá para o tema. “Com esse novo índice, é possível observar a parcela da produção estadual de bens e serviços que está comprometida com a sustentabilidade, não somente ambiental como social, podendo subsidiar a elaboração de políticas públicas que buscam conciliar o desenvolvimento com a redução dos riscos ambientais e o uso racional dos recursos naturais”.

Os dados da pesquisa que avalia a economia verde no Paraná foram baseados em informações detalhadas do cálculo do PIB do estado, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ipardes. Além disso, os pesquisadores analisaram a seleção de atividades definida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com base em pesquisas de entidades internacionais.

*Com assessoria

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