Empresários bolsonaristas se dividem entre silêncio, apoio e repúdio a golpistas

Um dos grandes apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, Luciano Hang, dono da Havan, foi um dos que condenou o vandalismo.

Enquanto as associações empresariais, em geral, se uniram no gesto de repúdio aos ataques em Brasília neste domingo (8), os empresários que se mantiveram mais próximos de Bolsonaro nos últimos anos parecem ter se dividido.

Um dos grandes apoiadores do ex-presidente, Luciano Hang (Havan) condenou o vandalismo já na tarde de domingo. “Precisamos respeitar as leis e instituições”, disse ele.

Winston Ling, o homem que apresentou Paulo Guedes a Bolsonaro em 2018, usou as redes sociais para divulgar recados críticos às prisões que se desenrolaram após a depredação.

“Prender por manifestação é mole. Quero ver prender por corrupção”, foi a mensagem que ele divulgou em sua conta no Twitter. Há algumas semanas, Ling escreveu: “vamos encher novamente as portas dos quartéis”.

Outros nomes do entorno bolsonarista mantiveram o silêncio. Flavio Rocha, da Riachuelo, não comenta o caso, mas sua rede de vestuário faz parte do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), que repudiou os atos e pediu às autoridades a responsabilização dos envolvidos.

Salim Mattar, da Localiza, que foi secretário do governo Bolsonaro, também não respondeu aos pedidos de entrevista.