cuca-estreia-tecnico-athletico(Foto: Geraldo Bubniak/AGB)

Estreia de Cuca no Athletico tem apoio da torcida, goleada e classificação

Técnico fez a primeira partida no clube do coração

Cuca teve uma recepção calorosa da torcida do Athletico em sua estreia como técnico do clube do coração. O treinador teve o nome gritado pelos torcedores presentes na Ligga Arena antes, durante e após a goleada por 6 a 0 contra o Londrina.

Quando o nome do treinador foi anunciado pelo locutor da Arena, a maior parte dos torcedores aplaudiu. Algumas pessoas chegaram a vaiar, mas a maioria, inclusive a torcida organizada Os Fanáticos, abafou.

No segundo tempo, quando o placar já estava em 5 a 0, a torcida do Athletico passou a gritar constantemente o nome do técnico. O grito desta vez foi ouvido em todos setores da Ligga Arena.

“Foi uma coisa muito diferente, sentimento único e difícil de expressar. Sempre estive envolvido com o Athletico de todas as formas, mas dentro de campo não. Não posso negar que foi maravilhoso”, destacou Cuca.

O técnico Cuca ainda se emocionou ao entrar no gramado com os netos no colo. Esse é o primeiro trabalho do treinador desde a saída do Corinthians, em abril do ano passado, e a anulação da condenação por ato sexual contra uma menor de idade no final da década de 1980.

RELEMBRE O CASO DE CUCA, TÉCNICO DO ATHLETICO

Em 1987, o Grêmio realizou uma excursão na Suíça. Cuca e mais três jogadores – Henrique Etges, Eduardo Hamester e Fernando Castoldi – foram detidos pela acusação de terem se relacionado sexualmente com uma menina sem consentimento.

Os quatro jogadores ficaram presos por um mês e pagaram fiança antes de retornarem para o Brasil. Nenhum deles participou do julgamento em 1989, mas todos foram condenados. Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados a 15 meses de prisão por ato sexual com menor e coação. Já Fernando teve pena de três meses pelo crime de coação.

Em maio de 2023, a Globo revelou trecho do processo que falava na existência de um laudo com provas que o sêmen de Cuca foi identificado no corpo da vítima. A defesa do agora técnico do Athletico pediu um novo julgamento e alegou que o jogador não se defendeu durante o julgamento.

O Tribunal de Berna anulou o primeiro julgamento em dezembro do ano passado, mas sem entrar no mérito da questão. O processo foi extinto.