Exercício físico: comece aos poucos e sinta a melhora na qualidade e quantidade de vida

Cardiologista especialista em medicina do esporte dá dicas para sair do sedentarismo, que acomete quase metade de população brasileira

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 47% dos brasileiros são sedentários, sendo que entre os jovens o número é maior e mais alarmante: 84%. Ainda, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais sedentário da América Latina e ocupa a quinta posição no ranking mundial. Em comemoração ao Dia Mundial da Atividade Física (6 de abril) e para incentivar as pessoas a se movimentarem em prol da saúde e qualidade de vida, a Unimed Curitiba ouviu o médico cooperado Marcelo Leitão, especialista em cardiologia e medicina do exercício e do esporte, que foi presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (2017-2020). O profissional deu orientações para quem deseja iniciar a prática de exercícios físicos e sair do sedentarismo, falou sobre a história da atividade física, os benefícios e deu dicas para otimizar os resultados. Boa leitura!

Porque precisamos nos exercitar – Refletindo sobre os tempos primórdios, pode-se perceber que a atividade física sempre esteve presente – e em quantidades muito maiores. Nossos ancestrais precisavam caçar, procurar alimentos, fugir dos predadores e buscar abrigo. “A dois ou três milhões de anos atrás, os humanos tinham um gasto energético de 2 a 4 horas diárias em atividades físicas. A humanidade foi crescendo e evoluindo e, após a revolução industrial e tecnológica em meados do século XX, o exercício foi retirado do nosso dia a dia. Essa necessidade da prática é histórica e precisamos resgatar esse ‘fator ambiental’ para promover saúde e melhorar a qualidade de vida”, afirmou o especialista. E, nessa retomada, o mais importante é dar o primeiro passo.

Nosso corpo foi criado para o movimento – De acordo com o médico cooperado, qualquer atividade que a pessoa sedentária iniciar já é o suficiente para fazer a diferença. “Comece envolvendo práticas que gastem energia no dia a dia. Caminhando, preferindo usar a escada ao elevador, realizando trajetos curtos a pé ou de bicicleta. Comece pequeno e vá inserindo a atividade física cada vez mais na rotina”, incentiva. Embora a recomendação da OMS seja de 150 a 300 minutos por semana de exercícios físicos de baixa a moderada intensidade – como caminhada, bicicleta, nado, dança etc. –, inicie conforme os limites do seu corpo e aumente a intensidade com o passar do tempo. “É importante, também, se atentar aos sinais que o corpo dá ao realizar a atividade física. Se houver desconforto no peito, como um aperto, ou falta de ar excessiva e palpitações, assim como dor localizada, persistente ao longo do tempo e às vezes unilateral, é fundamental consultar um especialista, preferencialmente na área de medicina do esporte. Esses podem ser indícios de uma complicação de natureza vascular, muscular ou articular e devem ser avaliados”, comentou. Essa consulta também é muito bem-vinda para aqueles que desejam potencializar os resultados dos exercícios físicos e para quem quer aumentar a intensidade das atividades. Além disso, pessoas com diagnóstico ou histórico na família de diabetes, hipertensão e alterações metabólicas também devem considerar se consultar antes de realizar atividades físicas, com o objetivo de minimizar riscos à saúde.

Benefícios da prática – São inúmeras as razões para resgatar o “fator ambiental” do exercício físico. “Redução da incidência de doenças cardiovasculares (como hipertensão, infarto e derrame), de complicações metabólicas, de diabetes tipo 2 e de diversos tipos de câncer, principalmente de mama e intestino grosso, e muitas mais. Além disso, estudos tem demonstrado que crianças e adolescentes que praticam atividade física têm melhor desempenho intelectual, quando comparadas a crianças sedentárias”, indicou o cardiologista. Isso tudo sem contar os benefícios para a saúde mental e psicológica, pois a prática reduz a ansiedade e depressão, além de diminuir a incidência do mal de Alzheimer em pessoas com idade mais elevada. “Se compreendermos o exercício físico como algo necessário que foi retirado de nós [após a revolução industrial e tecnológica], entendemos melhor o impacto tão significativo na nossa qualidade e quantidade de vida”, dividiu Marcelo Leitão.

Exercite-se conosco – A Unimed Curitiba oferece um programa gratuito, online e ao vivo para seus clientes que desejam adquirir esse hábito de forma divertida, leve e dinâmica. As aulas acontecem duas vezes por semana e trabalham as capacidades cardiorrespiratória, fortalecimento, equilíbrio muscular e flexibilidade. Entre em contato pelo telefone 3021-4735 e peça mais informações sobre o #saiadosofá.

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