exportações carne de frangoFoto: Jonathan Campos/AEN

Exportações de carne de frango crescem 4,7% em fevereiro

O resultado foi impulsionado pelo Paraná e representa o melhor fevereiro da história.

As exportações brasileiras de carne de frango cresceram 4,7% em fevereiro. O aumento foi impulsionado pelo Paraná, principal produtor da proteína animal no país. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) nesta quinta-feira (7).

O levantamento nacional considera todos os produtos, entre in natura e processados. O volume de exportações de carne de frango totalizou 397,7 mil toneladas no mês anterior, número que supera em quase 5% o total embarcado no mesmo período do ano passado, com 379,2 mil toneladas.

O resultado representa o melhor fevereiro da história, conforme a entidade.

“Foi o melhor mês de fevereiro da história e poderia ter sido ainda melhor, em condições normais, sem os atrasos gerados pela operação padrão dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários, atualmente em curso. De qualquer forma, segue a expectativa de um ano positivo pela influência, em especial, das vendas para as nações islâmicas e determinados destinos da Ásia”, projeta Ricardo Santin, presidente da ABPA.

No acumulado do primeiro bimestre deste ano, as exportações de carne de frango somam 802,2 mil toneladas, volume 0,3% superior ao alcançado nos dois primeiros meses de 2023.

A receita acumulada no mesmo período chegou a US$ 1,390 bilhão, 12,7% menor que o período comparativo de 2023, com US$ 1,593 bilhão.

Principal exportador de carne de frango do Brasil, o Paraná exportou 326,4 mil toneladas nos primeiros dois meses de 2023. O número é 0,1% menor ao registrado no mesmo período do ano passado.

Principais destinos da carne de frango brasileira

O levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal indica que a China segue como o principal destino das exportações brasileiras de carne de frango no primeiro bimestre, com 80,4 mil toneladas – o volume é 28% menor em relação ao ano anterior. Na sequência, Emirados Árabes Unidos, com 78,2 mil toneladas (+27,7%), Japão, com 76,6 mil toneladas (+26,2%), Arábia Saudita, com 67,6 mil toneladas (+8,4%) e África do Sul, com 50 mil toneladas (-19%) completam a lista dos principais importadores do produto brasileiro.

“O início do ano é um momento fortemente influenciado pelo fluxo de importação pré-Ramadã, período sagrado para a religião islâmica. Nesse aspecto, além de Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, vimos o notável crescimento das exportações para o Iraque, Catar, Kuwait e outros destinos da região, especialmente em um contexto de certas incertezas em razão de conflitos na região”, avalia Luís Rua, diretor de mercados da ABPA.