Pedro Ribeiro

O cerco contra as notícias falsas, as chamadas fake news, já chegou ao Palácio do Planalto, no “gabinete do ódio”, de onde seriam disparadas notícias contra os inimigos do presidente Jair Bolsonaro.

Esta prática – perfis falsos – também já começou em Curitiba, com filmes mostrando hospitais lotados, doentes morrendo, pessoas sendo carregadas e acusando o prefeito Rafael Greca que não teria tomado as devidas providências com antecedência em relação à pandemia.

O autor dos filmes que, provavelmente vai inundar a capital de perfis falsos no Facebook, é o mesmo que deu uma entrevista à Band Nacional após as eleições que elegeu Greca prefeito, admitindo que havia “feito sacanagens” contra o então candidato Ney Leprevost.

Agora está do outro lado. É assim que age, juntamente com seu mentor que foi demitido de cargo de primeiro escalão da Prefeitura de Curitiba a mando de Giovani Gionédis no início deste ano.

Nesta semana, o Facebook desencadeou uma operação de combate às fake news que resultou, como efeito prático, a retirada do ar 35 perfis, 14 páginas e 1 grupo no Facebook, além de 38 perfis no Instagram, empresa que, como o WhatsApp, é controlada pela holding Facebook.

Com essas contas e páginas fora do ar, que juntas tinham quase 2 milhões de seguidores, o alcance das ofensas e das falsas informações que circulam por meio das redes sociais haverá de cair substancialmente, informa editorial do Estadão.

O Facebook vinculou diretamente alguns dos perfis e páginas que foram retirados do ar no Brasil a Tércio Arnaud Tomaz, que ficou conhecido como o administrador da página “Bolsonaro Opressor 2.0” durante a campanha eleitoral de 2018 e hoje está lotado no Palácio do Planalto como assessor especial do presidente Jair Bolsonaro. Tomaz é até agora o elo formal mais forte entre o presidente da República e o tal “gabinete do ódio” que seria chefiado nas sombras por seu filho Carlos Bolsonaro.