Freud e a sessão com Id, Ego e Superego sobre drogas

Logo no início de sua carreira, antes de destruir pela primeira vez seus manuscritos, e após ter ingerido um chá com um ..

Logo no início de sua carreira, antes de destruir pela primeira vez seus manuscritos, e após ter ingerido um chá com um gosto diverso e um aroma incomum e ainda finalizando seus estudos com os órgãos sexuais das enguias, Freud escuta o bater na porta de seu consultório.

 

Ao abrir a porta depara-se com três figuras, personagens que pareciam ter saído de algum conto, trajando roupas não usuais para a ocasião e com semblantes muito parecidos e logo pergunta: – “Quem são vocês?” Após uns segundos de silêncio respondem em uníssono e ao mesmo tempo: – “Ora Sig (como se já fossem íntimos), nós somos o Id, o Ego e o Superego e viemos fazer uma terapia contigo para resolvermos nossas questões sobre estupefacientes.”

 

Passado a surpresa inicial, e sabedor que não tinha marcado nada para aquela tarde, Freud os recebeu e os encaminhou para uma sala onde havia um divã no qual os três poderiam se acomodar. Imediatamente pega um bloco e uma caneta se aconchega em sua poltrona e fala: – “Muito bem, o que pretendem me relatar?”.

 

O primeiro, instintivamente, e com uma forte paixão pelo o que discorria foi o Id: -“Bem Sig, a vida tá muito enfadonha, muito normalzinha, sem sensações de prazer e experimentações de coisas diferentes, os meus dois irmãos são muito certinhos, o super então é um carola caretaço que eu não suporto mais, fica regulando tudo, não devo fazer isso, aquilo não posso, nossa é o maior chato que conheço e tem uns opióides aí que eu estou muito a fim e tem um alemão que sintetizou um produto novo que é vendido em farmácias, nem proibido é, e o super fica me regulando”.

 

Imediatamente ao término do relato do Id, Superego se manifestou: -“Não é nada disso Sig, o Id que é muito louco, não pensa nas consequências do que faz ou pretende fazer, para ele o que importa é somente o agora, nós temos limites, podemos machucar alguém com nossas ações, além do que estes tóxicos podem nos fazer mal, são drogas e, consequentemente, imorais”.

 

– “E você Ego, o que diz?” – pergunta Freud. – “Bem, Ego responde, ainda não tenho opinião formada e não sei se é a hora certa para decidir, tenho que ter mais informações e os dois relatos são interessantes dependendo da situação.” Freud olhou para o relógio e falou: – “Pois é, SESSÃO ENCERRADA”.

 

Alguns colegas de Freud afirmam que isto realmente aconteceu, outros dizem que nada disso ocorreu e foi produto de um sonho causado pelo chá estranho, de origem duvidosa, que tinha tomado, já que comprou de um chinês na esquina de sua casa. Há aqueles ainda que, logo após este episódio, relatam que Freud iniciou seus estudos e consumo da substância que aquele alemão sintetizou e era vendido na farmácia com o nome de cocaína. E temos, finalmente, um grupo que declara que, este que vos escreve, teve uma elucubração e colocou em um texto todo o episódio.