Agronegócio
Granja Canguiri, antiga residência de governadores, começa a ser transformada em escola agrícola

Granja Canguiri, antiga residência de governadores, começa a ser transformada em escola agrícola

Teve início nesta segunda-feira (7) uma reforma na Granja Canguiri. O imóvel já serviu como residência oficial dos gover..

Redação - segunda-feira, 7 de junho de 2021 - 17:11

Teve início nesta segunda-feira (7) uma reforma na Granja Canguiri. O imóvel já serviu como residência oficial dos governadores do estado e agora passa por adaptação para abrigar o projeto da Escola Agrícola 4.0. A proposta do governo do estado é que o local se torne referência no ensino técnico agrícola do Estado. A unidade deve dar suporte às atividades do Centro Estadual de Ensino Profissional (CEEP) Newton Freire Maia, que fica ao lado. As informações foram divulgadas pela Agência Estadual de Notícias.

O governador Ratinho Junior autorizou em julho do ano passado a transferência do imóvel para a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte. Assim foi permitida a reforma pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar).

“Cumprimos uma promessa de campanha de acabar com as mordomias e estamos transformando um imóvel que era de uso apenas dos antigos governadores em um espaço importante para desenvolver a inovação e a formação dos nossos jovens”, disse o governador.

Com a inclusão de disciplinas voltadas para a área tecnológica e de sustentabilidade, o Centro Newton Freire Maia deve se tornar o primeiro Centro de Tecnologia do Estado (Cetec).  E vai funcionar como um laboratório de práticas que podem ser replicadas nos outros colégios agrícolas do Paraná.

“O Estado é referência mundial na produção de alimentos. Investir desde cedo na qualificação dos profissionais da área agrícola que estarão no mercado de trabalho em alguns anos é fazer com que a agricultura paranaense se torne cada vez mais moderna, produtiva e sustentável”, destaca Ratinho Junior.

Granja Canguiri tem 27 mil metros quadrados

A propriedade da futura escola, localizada em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, conta com uma área de 27 mil metros quadrados. Tem diferentes construções, incluindo a residência principal, a do caseiro, refeitório e alojamento. Em seus limites estão outros imóveis do Estado, como o próprio CEEP, o Parque da Ciência Newton Freire Maia e o Centro Estadual de Referência em Agroecologia, braço do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná).

Segundo o governo, o investimento na reforma da escola  é de R$ 482 mil. Isso inclui reparos na residência e nas estruturas anexas. A obra prevê serviços de engenharia no pórtico, no acesso à casa, na guarita, na casa de apoio e na principal. Além disso,  trará melhorias na sala de informática, na caixa d’água e na passarela do Parque da Ciência. O prazo de conclusão é de 150 dias.

“Com a melhoria dos espaços, asseguramos as condições para concretizar a qualidade dos processos de ensino e de aprendizagem. O Canguiri é um marco na educação para as futuras gerações do Paraná”, afirmou o diretor-presidente do Instituto Fundepar, Marcelo Pimentel Bueno.

O Centro de Tecnologia

Além das disciplinas já trabalhadas no colégio, o Newton Freire Maia contará com a nova escola com atividades relacionadas às áreas de energias renováveis, reaproveitamento de água e soluções para atividade agrícola em pequenas áreas. Aqui se incluem hortas urbanas, cultivo protegido e aquaponia (produção de peixes em estufas, em consórcio com hortaliças).

Para isso, projetos futuros incluem outras readequações, com a instalação de painéis fotovoltaicos nos telhados, sistemas para o uso e reúso da água da chuva e instalação de novas estufas na área. Além disso, outro projeto em tramitação na Fundepar prevê melhorias na estrutura do CEEP. O centro deverá ganhar novas salas de aula e ampliação dos alojamentos e do refeitório, já prevendo o aumento no número de vagas na unidade.

O CEEP Newton Freire Maia tem atualmente cerca de 550 alunos de 26 municípios da Região Metropolitana de Curitiba e do Litoral. Entre estes, 150 são internos – aqueles estudantes que vêm de cidades mais distantes e moram no local. O colégio oferece formação técnica em Meio Ambiente, Agropecuária e Sistemas de Energias Renováveis.

“Temos uma lista de espera de aproximadamente 200 alunos. Por isso, queremos ampliar as nossas instalações para aumentar a oferta de vagas, além de poder incluir novos cursos na matriz curricular”,  disse o diretor do CEEP, Edson Blum. “Com essa reforma e outros projetos que estão engatilhados, poderemos dar início às novas atividades do colégio. Vamos utilizar a estrutura que já temos agregada às tecnologias para transformar esse local em um espaço de inovação”.

 

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