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Greve dos Correios: TST concede reajuste de 2,6% e determina que trabalhadores voltem ao trabalho

O Tribunal Superior do Trabalho põe fim à greve dos Correios após conceder um reajuste salarial de 2,6%. A paralisação h..

O Tribunal Superior do Trabalho põe fim à greve dos Correios após conceder um reajuste salarial de 2,6%. A paralisação havia iniciado no dia 17 de agosto. Os trabalhadores devem retornar ao trabalho nesta terça-feira (22), sob pena de multa de R$ 100 mil, em caso de descumprimento. Assembleias estão previstas para o fim da tarde para definir se os funcionários aceitam os termos e retomam as atividades. Os ministros do TST não consideraram o movimento abusivo, mas decidiram que metade dos dias não trabalhados deverá ser descontado dos salários. Outra metade será compensada com horas extras.

Os sindicatos que representam a categoria alegavam que os Correios haviam descumprido o Acordo Coletivo firmado em 2019, após outra greve da categoria. Os termos deveriam valer até o final do ano que vem. A empresa pública argumentava que os compromissos assumidos no passado não correspondiam mais à realidade atual. Os Correios recorrer ao Supremo Tribunal Federal, e uma liminar do ministro Dias Toffoli suspendeu, na prática, 70 das 79 cláusulas daquele acordo.

Entre os termos cancelados estavam, por exemplo, o adicional de 30% por atividades de risco, o vale-alimentação, a licença maternidade de seis meses, o auxílio-creche, a indenização por morte, o auxílio para filhos com necessidades especiais, e pagamentos como hora extra e adicional noturno. Em contrapartida, os Correios teriam garantido salário em dia e benefícios básicos, como vale-refeição e alimentação em quantidade reduzida, mas suficiente para a jornada de cada trabalhador.

Na sessão desta segunda-feira (22), no Tribunal Superior do Trabalho, prevaleceu o voto do ministro Ives Gandra Filho. O magistrado avaliou ser necessário retomar 20 cláusulas do acordo assinado no ano passado, relacionadas a benefícios sociais, além de incluir nove reivindicações dos trabalhadores, todas aceitas pelos Correios.