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Hipertensão afeta mais de 20% da população do Paraná
Foto: Arquivo/Sesa

Hipertensão afeta mais de 20% da população do Paraná

Entre 2019 e 2023, o número de atendimentos para pressão alta apresentou um aumento de mais de 500% no Estado.

Rafael Nascimento - sexta-feira, 26 de abril de 2024 - 10:08

A hipertensão arterial afeta mais de 20% da população do Paraná. A doença, popularmente conhecida como “pressão alta”, pode trazer várias complicações à saúde, se não prevenida e tratada adequadamente.

Nesta sexta-feira (26), Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta a população do Estado para os cuidados desta doença, que, na maioria das vezes, não gera sintomas.

Entre 2019 e 2023, o número de atendimentos para a condição de hipertensão na Atenção Primária no Paraná apresentou um aumento de mais de 500%, passando de 868.538 atendimentos para mais de 4,5 milhões no ano passado.

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), a prevalência da pressão alta na população paranaense passou de 21,1% em 2013 para 22,9% em 2019.

A hipertensão arterial é uma condição clínica multifatorial e na maior parte do seu curso assintomática e silenciosa, caracterizada por elevação da pressão arterial acima de 120mmHg de pressão máxima e 80mmHg de pressão mínima.

“Entre os principais fatores de risco para a hipertensão arterial estão os hábitos alimentares (muito consumo de sal), sobrepeso e obesidade, sedentarismo, tabagismo, álcool e, em alguns casos, os fatores genéticos. Além disso, ainda é o principal fator de risco para Doenças Cardiovasculares (DCV), infarto agudo do miocárdio, Acidente Vascular Cerebral (AVC), doença renal crônica e morte prematura”, alerta a Sesa.

Pressão alta: veja os cuidados e o tratamento

De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, recomenda-se que todos os adultos tenham a pressão aferida pelo menos uma vez por ano. O diagnóstico é caracterizado por elevação persistente da pressão arterial, medida com a técnica correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausência de medicação anti-hipertensiva.

tratamento da hipertensão arterial se baseia em medidas a partir do uso de medicamentos associado à adoção de hábitos de vida mais saudáveis.

Para as pessoas com a doença, a Sesa ressalta a importância da aferição da pressão arterial e acompanhamento regular da condição de saúde, bem como o controle dos fatores de risco que são fundamentais e ajudam a prevenir as complicações e agravamento da hipertensão arterial.

No Brasil, de acordo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, a mais recente divulgada pelo Ministério da Saúde, a hipertensão arterial atinge 23,9% dos brasileiros, sendo mais frequente entre mulheres (26,4%) do que nos homens (21,1%). A prevalência tende a ser maior com o aumento da idade, com 52,5% entre pessoas acima de 60 anos e 62,1% entre indivíduos com 75 anos ou mais.

As principais recomendações são redução do consumo de sal na alimentação, o que significa ingerir menos alimentos processados e industrializados; a prática de atividade física regular; evitar o consumo de álcool; e não fumar.

“O autocuidado é uma estratégia fundamental para o tratamento, além de promover qualidade de vida e bem-estar”, completa a Sesa.

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