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Homicídios em Curitiba tiveram índice de solução de 88,6% no primeiro semestre

Segundo boletim divulgado pela Polícia Civil nesta terça-feira (28), Curitiba registrou 88,6% de solução nos homicídios ..

Segundo boletim divulgado pela Polícia Civil nesta terça-feira (28), Curitiba registrou 88,6% de solução nos homicídios no primeiro semestre de 2020.

Dos 140 homicídios investigados pela Polícia Civil no período, 124 foram solucionados.

A taxa de 88,6% é superior a registrada nos Estados Unidos, que no ano de 2018 solucionou 62,3% dos homicídios, segundo dados do FBI (Federal Bureau of Investigation, em inglês).

De forma local, o desempenho supera o registrado pelo NYPD (Departamento de Polícia de Nova Iorque) no primeiro trimestre de 2020. Segundo o levantamento do órgão foram registrados nos bairros de Manhattan (82,4%), Brooklyn (84%) e Queens (63,6%) números abaixo do encontrados em Curitiba.

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Silvio Jacob Rockembach, três fatores impactam nos resultados positivos das investigações neste ano.

“O primeiro deles é muito planejamento, o segundo é a implantação de uma gestão de resultados e o terceiro decorre de muito, mas muito trabalho, dedicação e profissionalismo dos policiais civis que estão atuando na ponta”, explicou Rockembach.

TRÁFICO DE DROGAS LIDERA MOTIVAÇÃO DOS HOMICÍDIOS

A Polícia Civil tem encontrado que a maior parte dos homicídios cometidos em Curitiba tem relação com o tráfico de drogas.

“Policiais civis que atuam no combate a homicídios em Curitiba estão focados em identificar responsáveis pelo tráfico de drogas em determinadas regiões da cidade, já que a maioria dos assassinatos tem relação com essa prática criminosa”, avaliou a delegada da PCPR, Camila Cecconello.

A Polícia Civil ainda identificou que foram registrados nos seis primeiros meses de 2020, 128 homicídios em homens e 12 em mulheres, sendo seis desses classificados como feminicídio.

A faixa etária das vítimas está em sua maioria entre 18 e 29 anos (40% dos casos), seguida dos casos com idade entre 30 e 39 anos (30%).

“A troca de informações entre as unidades, além de acelerar o processo de esclarecimento de crimes e identificação de autoria, proporciona a programação de operações conjuntas e a repressão de ambos os crimes, tanto o de homicídio como o de tráfico de drogas, que é o grande causador de assassinatos na Capital”, finalizou Cecconello.