(Foto: José Tramontin/Athletico)

Hospital de Curitiba alerta profissionais sobre falta de medicamentos e pede economia no uso

Com lotações máximas devido à alta dos casos de Covid-19, os hospitais no Paraná sofrem o esgotamento dos medicamentos u..

Com lotações máximas devido à alta dos casos de Covid-19, os hospitais no Paraná sofrem o esgotamento dos medicamentos usados no tratamento dos pacientes. Os bloqueadores neuromusculares e sedativos são alvo de preocupação dos gestores. Em Curitiba, o Hospital do Trabalhador (HT) enviou aviso aos profissionais da Saúde sobre o cenário crítico nesta quarta-feira (26).

O Paraná Portal teve acesso ao alerta sobre o comprometimento do estoque de alguns remédios. Além disso, o pedido é para economizar no uso destes medicamentos. Vale lembrar que o Hospital do Trabalhador é um dos hospitais de Curitiba que não tem mais leitos disponíveis.

“Vamos novamente enfrentar dificuldades com sedativos e bloqueadores neuromusculares, peço que prescrevem (sic) com bastante parcimônia”, afirma a mensagem.

Além disso, os profissionais da Saúde foram notificados que a dexametasona está em falta. Como estratégia para superar o desabastecimento, a orientação é usar meia ampola de metilprednisolona.

SESA ADMITE FALTA DE SEDATIVOS NOS HOSPITAIS E APONTA CARÁTER DE URGÊNCIA

O Hospital do Trabalhador é abastecido pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde). Em nota ao Paraná Portal, a pasta reconheceu que há desabastecimento e que o secretário Beto Preto já autorizou compras emergenciais.

“Devido ao aumento do número de casos, os sedativos de primeira escolha já se encontram em falta em alguns hospitais, sendo substituídos por outras alternativas terapêuticas. No caso dos bloqueadores neuromusculares também já existe risco de desabastecimento”, diz.

A Sesa afirma que monitora o estoque e consumo dos medicamentos do ‘kit intubação’ semanalmente. Além disso, a distribuição também tem sido feita todas as semanas, de acordo com a disponibilidade dos itens no Cemepar.

“A Sesa tem pendências de entrega de vários itens, de contratos já finalizados, que na medida em que são recebidos estão sendo distribuídos. Essa entrega tem ocorrido de forma fracionada pelos fornecedores. Há ainda processos de compra em andamento, em caráter de urgência”, completa.

Ontem (25),o site Plural noticiou que os pacientes com Covid-19 estavam sendo amarrados nas camas das UPAs (Unidades de Saúde de Pronto Atendimento) devido à falta dos neurobloqueadores.

Em nota, a SMS (Secretaria Municipal da Saúde) afirmou que a prática é comum e negou a falta dos medicamentos, mas que existe a escassez no mercado e que o uso está sendo racional.

Além disso, a secretária municipal da Saúde Márcia Huçulak afirmou que os hospitais estão esgotados e fez um desabafo durante a sessão da Câmara Municipal sobre a pressão exercida contra o lockdown em Curitiba.