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Hospital São Vicente promove live sobre doação de órgãos

Hospital São Vicente promove live sobre doação de órgãos

De acordo com os dados do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná, mais de 2 mil pessoas estão na lista de espera por um transplante no estado.

Redação - quinta-feira, 29 de setembro de 2022 - 11:40

O Hospital São Vicente, de Curitiba, promove nesta quinta-feira (29) um live sobre doação de órgãos. A ação faz parte do Setembro Verde e tem como objetivo conscientizar sobre a importância da doação e manifestar seu desejo em vida. A live será transmitida pelo Instagram @saovicentecuritiba.

De acordo com os dados do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná, mais de 2 mil pessoas estão na lista de espera por um transplante no estado.

“Queremos sensibilizar o maior número possível de pessoas, para que conheçam o tema doação de órgãos. Nós nunca saberemos quem viverá essa situação e se a viverá. Cogitar a possibilidade dessa vivência, por mais triste ou improvável que seja, pode promover conversas e manifestação de vontade declaradas dos familiares, o que é extremamente benéfico para todo o processo de doação de órgãos, além de ser maduro e nobre”, explica a diretora técnica do Grupo Hospitalar São Vicente, Dra. Cecília Vasconcelos.

A diretora mediará a live que contará com a presença da médica hepatologista Dra. Aline Moura, do médico intensivista Dr. Cauê Lima e da enfermeira coordenadora da UTI e da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), Jaqueline Nascimento.

A ação faz parte do Setembro Verde, mês dedicado a esclarecimentos sobre o tema. No último dia 27 foi comemorado o dia do doador de órgãos, tema que ainda é um tabu na sociedade. 

O médico Cauê Lima relata que nos últimos oito anos aumentou o número de pessoas que sabem sobre o assunto, o que favorece a doação e faz andar a fila de transplantes. “Parece que a desinformação reduziu, porém, ainda há um grande tabu que é a aceitação da morte cerebral: é importante as pessoas compreenderem que o coração ainda está batendo, a mão ainda está quente, mas, que, apesar disso, a pessoa entrou em óbito. Essa aceitação é ainda a nossa maior dificuldade”, salienta o médico intensivista.

Com o propósito de difundir informações sobre o assunto, o Hospital São Vicente distribuiu panfletos em pontos comerciais ao redor da instituição. O material esclarece que qualquer pessoa pode fazer esse gesto e os órgãos que podem ser doados são: 

  • rins
  • coração
  • pulmão
  • pâncreas
  • fígado
  • intestino
  • tecidos (córneas, válvulas, pele e alguns ossos)

No material consta ainda que a doação só pode ser realizada com a comprovação da morte encefálica do paciente. O diagnóstico de comprovação tem várias etapas que são transparentes e explicadas para os familiares. Por isso, Dr. Cauê lembra da importância em criar um laço de confiança com a família do doador. “É um processo doloroso, então, é importante estabelecer um vínculo com a família para compreenderem todo o processo da doação de órgão, pois poderá durar horas ou até mesmo dias”, completa.

O processo de doação também pode abranger doadores vivos, como é o caso de transplante de rim e parte do fígado.

Após o consentimento dos familiares, o Sistema Estadual de Transplantes é notificado e faz a busca por pessoas compatíveis, seguindo os critérios de prioridade. A lista de espera do Sistema Estadual de Transplantes faz parte de uma única lista do Sistema Nacional de Transplantes, fiscalizada pelo Ministério da Saúde. 

“É importante conversar sobre este tema e manifestar desejos de doação de órgãos. Isso traz conforto, clareza e união para família. Falar sobre doação de órgãos é um ato de amor e esperança”, afirma a médica Cecília Vasconcelos.

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