Julgamento de acusados de matar agente penitenciário em Londrina pode terminar hoje

Os réus estão sendo julgados por homicídio qualificado e tentativa de homicídio; a previsão é que o resultado seja divulgado no fim do dia.

O julgamento dos acusados da morte de um agente penitenciário em Londrina pode terminar nesta sexta-feira (26). O júri popular dos seis réus ocorre desde quarta-feira (24), depois de quase seis anos, no Fórum Criminal da cidade, no Norte do estado. 

O júri será retomado na manhã de hoje com debates e as falas da acusação e defesa dos réus. Tanto a acusação como a defesa dos réus terão duas horas cada para se manifestar.  Na sequência, o julgamento terá intervalo para o almoço e, após isso, os jurados vão deliberar sobre a sentença. A previsão é que o resultado seja divulgado no fim do dia.

Os réus estão sendo julgados por homicídio qualificado e tentativa de homicídio.

O crime ocorreu em dezembro de 2016. Oito agentes penitenciários estavam em duas viaturas e tinham acabado de sair da PEL II, a Penitenciária Estadual de Londrina, Eles foram cercados pelos criminosos em uma emboscada, que estavam em outros dois veículos, e efetuaram tiros de fuzil.

Thiago Borges de Carvalho, de 33 anos, foi atingido na cabeça e morreu. Outros dois agentes que estavam no mesmo veículo que ele foram atingidos de raspão e ficaram feridos. Os agentes atuavam no SOE (Setor de Operações Especiais), unidade de primeira intervenção do Departamento Penitenciário do Paraná.

Cerca de seis meses depois, sete homens foram presos. Seis permaneceram detidos e estão sendo julgados. As investigações apontaram que o ataque teria sido orquestrado por uma facção criminosa e foi uma represália pelo trabalho dos agentes nas penitenciárias.

Os seis réus seguem para o Fórum com escolta reforçada do Serviço de Operações Especiais do Departamento de Polícia Penal e Polícia Militar. No primeiro dia até um helicóptero foi utilizado para a segurança. O júri é restrito, somente os advogados e familiares dos envolvidos podem participar. Representantes do Sindarspen, que é o sindicato dos policiais penais, acompanham o julgamento pelo lado de fora.

Para a acusação, a expectativa é de penas de 300 anos de reclusão. “Estamos falando de um homicídio duplamente qualificado consumado e outros tentados. Então vamos ver qual vai ser o entendimento dos jurados e do juiz”, disse o assistente de acusação Mário Barbosa.

Com informações da Tarobá News.