(Foto: Bruno Slompo/CMC)

Júri de Manvailer, acusado de matar Tatiane Spitzner, é composto por 6 homens e 1 mulher

O júri popular de Luis Felipe Manvailer, acusado de matar Tatiane Spitzner no dia 22 de julho de 2018, começou às 10h49 ..

O júri popular de Luis Felipe Manvailer, acusado de matar Tatiane Spitzner no dia 22 de julho de 2018, começou às 10h49 desta quarta-feira (10), após definição do conselho de sentença: seis homens e uma mulher.

Dois jurados foram dispensados pela defesa e outros dois pelo MPPR (Ministério Público do Paraná). O professor é acusado de homicídio qualificado -com qualificadoras de motivo fútil, feminicídio e morte mediante asfixia- e por fraude processual.

JÚRI POPULAR DE LUIS FELIPE MANVAILER

De acordo com o Portal RSN, o réu chegou ao Fórum Desembargador Ernani Guariba Cartaxo, em Guarapuava, na região central do Paraná, por volta das 8h30, em uma viatura do Depen (Departamento Penitenciário do Estado do Paraná).

Ele foi recebido pela imprensa e também por integrantes de protesto, que estão no local pedindo justiça por Tatiane Spitzner (veja no vídeo abaixo). Ninguém, seja defesa, acusação ou familiares, conversou com os jornalistas.

Todas as testemunhas se apresentaram nesta quarta-feira (10), apenas o médico Rodrigo Crema, que é testemunha da acusação, não compareceu. Ele comprovou que estaria em viagem nesta data.

Ao longo da instrução probatória serão ouvidos: 8 testemunhas acusação, 7 testemunhas de defesa e 3 assistentes.

A previsão do TJPR (Tribunal de Justiça do Paraná), é que o júri popular de Luis Felipe Manvailer dure, pelo menos, dois dias. A partir dos debates, a sessão será transmitida pelo canal no YouTube do Tribunal.

Tatiane Spitzner e Luis Felipe Manvailer Tatiane Spitzner e Luis Felipe Manvailer eram casados desde 2013 (Reprodução/Facebook)

CASO TATIANE SPITZNER

A advogada Tatiane Spitzner foi encontrada morta após cair do 4° do apartamento do prédio onde morava com o seu marido, Luis Felipe Manvailer, no centro de Gurapuava. Na época, a polícia foi chamada por vizinhos porque “uma mulher teria saltado ou sido jogada”.

Chegando no local, os agentes encontraram sangue do lado de fora do prédio. Imediatamente, subiram até o apartamento onde o casal morava e encontraram a advogada já sem vida. Porém, seu marido não estava na residência.

Luis Felipe Manvailer só foi preso horas depois, na BR-277, em São Miguel do Iguaçu, na região oeste do Paraná, depois de se envolver em um acidente. Na época, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou que o homem estava desnorteado.

Imagens de câmera de segurança do prédio foram solicitadas para a investigação e revelaram que o acusado desferiu golpes contra a própria mulher ainda no carro, antes de entrarem no condomínio.

Outra imagem revela Manvailer limpando vestígios de sangue de Tatiane, no elevador, após recolher o corpo dela do lado de fora do prédio. Veja abaixo!

Em entrevista para Roberto Cabrini, em 2020, Manvailer afirmou que entrou em desespero e por isso limpou os vestígios de sangue no elevador e depois fugiu, sem rumo específico.

A defesa do acusado sustenta que Tatiane se jogou do prédio, já que o casal tinha um relacionamento “feliz”, que estava em seu quinto ano. Porém, um laudo do IML (Instituto Médico Legal) aponta a causa da morte para asfixia mecânica por esganadura.

“O principal meio de conclusão foi o exame de necropsia, realizado na data do fato. Ela tinha marcas no pescoço que foram fotografadas e documentadas (…) há um acervo de fotografias extremamente extenso apontando que houve luta entre as partes antes da morte”, afirmou Paulino Pastre, diretor do IML na época do crime.

Em agosto de 2018, o MPPR denunciou Luis Felipe Manvailer. De acordo com o documento, o professor matou a esposa depois de inúmeras agressões físicas que foram iniciado após um desentendimento em virtude de mensagens em redes sociais.

“O denunciado, ao matar a vítima, agiu mediante recurso que dificultou a sua defesa, em razão da sua superioridade física em face da ofendida e das agressões contínuas e progressivas que inibiram a possibilidade de reação por parte desta”, consta na denúncia.

*Paraná Portal com informações do Portal RSN (Rede Sul de Notícias).