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Lava Jato: Duque vira réu em ação que apura corrupção em contratos de meio bilhão

Lava Jato: Duque vira réu em ação que apura corrupção em contratos de meio bilhão

O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, virou réu em uma nova ação penal da Lava Jato que apura supostos cr..

Angelo Sfair - quarta-feira, 5 de agosto de 2020 - 14:58

O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, virou réu em uma nova ação penal da Lava Jato que apura supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, entre 2011 e 2012, em contratos da Petrobras avaliados em mais de meio bilhão de reais.

De acordo com a força-tarefa da Lava Jato no Paraná, Duque recebeu propinas de pelo menos R$ 3,9 milhões para beneficiar indevidamente a Multitek Engenharia Ltda. O ex-diretor da empresa, Luis Alfeu Alves de Mendonça, foi acusado de prometer e realizar os pagamentos.

Conforme o MPF, a propina foi repassada a Renato Duque por meio de contratos falsos de prestação de serviços. Além disso, o ex-diretor de Serviços da Petrobras também teria sido beneficiado com o custeio de reformas imobiliárias e obras de arte.

Os operadores Milton Pascowitch e José Adolfo Pascowitch foram acusados de atuarem como intermediários da propina. Delatores da Lava Jato, os irmãos já confessaram os crimes e detalharam de que forma operavam os repasses ilícitos.

De acordo com a denúncia da força-tarefa Lava Jato no Paraná, o esquema beneficiou a Multitek Engenharia Ltda. em três contratos com a Petrobras. Somando os aditivos, os contratos totalizam R$ 525.781.462,72.

A Procuradoria da República pede que a Justiça Federal do Paraná condene os acusados por corrupção e lavagem de dinheiro. Além disso, pede o bloqueio de pouco mais de R$ 3,6 milhões. O valor corresponde aos valores “lavados” por Renato Duque e Luis Alfeu, com a ajuda dos irmãos Pascowitch.

O MPF também requer que Duque e os demais réus sejam condenados por danos morais coletivos à população brasileira.

A denúncia foi aceita pelo juiz Luiz Antonio Bonat, atual titular da 13.ª Vara Federal de Curitiba, onde tramitam em primeira instância as ações da Lava Jato que estão ligadas a crimes cometidos na Petrobras.

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