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Certa vez, numa palestra, me perguntaram se ainda era válido deixar imóveis para os filhos, para que pudessem deles vive..

Renato Follador - quinta-feira, 8 de outubro de 2020 - 17:48

Certa vez, numa palestra, me perguntaram se ainda era válido deixar imóveis para os filhos, para que pudessem deles viver no futuro.

Aí eu complementei: você, obvio, pensou em deixar coisas sólidas, palpáveis, firmemente assentadas, e não vento?

Ele respondeu que sim.

Aí eu disse: isso me faz lembrar de raízes, mas, infelizmente, lamento desapontá-lo, nos dias atuais, devemos deixar a nossos filhos asas e não raízes.

Asas para poder voar para novos desafios, novos horizontes e novas conquistas num mundo que muda diária e rapidamente.

Numa época em que propriedade era sinal de prosperidade- como no tempo de nossos avós- isso podia ser válido, mas, hoje, a prosperidade, a competitividade, está no que se sabe e não no que se tem.

Ademais, deixar coisas e não formação para nossos filhos é deixar de prepará-los para o competitivo mundo que se estabeleceu com a globalização e com a evolução tecnológica.

Minhas duas filhas tiveram que me dar, para livrar-se de minha tutela, uma formação universitária e uma experiência estudando e morando no exterior, sem brasileiros ao lado, por um ano. Paguei com prazer.

Foram meninas e voltaram mulheres.

Me agradecem até hoje, porque aprenderam que não precisam depender de ninguém para sobreviver.

Aprendi com meus pais que se ensina pelo exemplo mais que pela palavra e que se quisermos deixar algo para os filhos deixemos legado e nunca herança.

 

 

 

 

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