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Luz amarela leva Lula a correr atrás de prejuízos no Congresso nacional

Luz amarela leva Lula a correr atrás de prejuízos no Congresso nacional

Derrotas no Congresso Nacional acende luz amarela no Palácio do Planalto. Lula corre trás dos prejuizos. Arthur Lira quer saída de Renan Filho.

Pedro Ribeiro - quarta-feira, 31 de maio de 2023 - 10:25

Lula corre atrás de prejuízos. Derrotas no Congresso Nacional, risco da MP sobre Ministérios, recepção ao presidente venezuelano Nicolás Maduro e os recados do presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira, são fortes indícios de que o presidente precisa rever conceitos e atitudes para governar.

Nesta segunda-feira, 29, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mandou um duro recado ao Palácio do Planalto: quer a demissão do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB). Lira ficou furioso com um tuíte do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que é seu adversário político e pai do ministro. Na postagem, Calheiros escreveu que Lira é “caloteiro”, “desvia dinheiro público” e “bate em mulher”. A informação é da jornalista Vera Rosa, do Estadão.

“Enquanto Renan Filho não sair, a vida do governo na Câmara ficará ainda mais difícil. Em público, porém, Lira nega a ameaça. Não pedi a cabeça de ninguém, mas quero respeito”, afirmou. “O problema do senador é psiquiátrico. Para ele, será mais um processo na Justiça, e mais uma condenação.” As acusações de violência doméstica contra Lira foram rejeitadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Nesta quarta-feira, 31, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião de emergência no Palácio da Alvorada, para discutir com seus principais auxiliares a crise em torno da Medida Provisória (MP) da reestruturação dos ministérios. O governo identificou risco real de o texto, que vence nesta quinta-feira, dia 1º, não ser votado no Congresso. A consequência seria a formatação da Esplanada de Jair Bolsonaro.

Pela MP, 17 ministérios deixarão de existir e figuras centrais para a eleição de Lula, como a ministra do Planejamento, Simone Tebet, ficarão sem cargo do dia para a noite. Compromissos de campanha como a criação do Ministério dos Povos Indígenas seriam desfeitos, e a pasta que cuida do Bolsa Família, a do Desenvolvimento Social, seria extinta.

Segundo jornal Estadão, Lula quer um esforço de guerra para votar o texto nesta quarta-feira, 31, com todo o governo mobilizado. Até mesmo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que mantém boa relação com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que tem base na Casa. Nesta terça, Lira adiou a votação da MP da reestruturação após ver risco de derrota do texto. (Com Estadão).

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