Pedro Ribeiro
(Foto: divulgação)

Acendeu luz amarela no Palácio do Planalto. As manifestações de ruas em defesa da democracia contra o governo federal começam a preocupar os assessores do presidente Jair Bolsonaro para quem, até agora, tais manifestações eram e sua propriedade, ou seja, só seu grupo de apoiadores poderia sair às ruas para exigir fim do STF, invadir o Congresso Nacional. Alguma coisa está se movendo no entorno do Quartel General do capitão.

Para o Palácio do Planalto essas manifestações, como a dos torcedores de times de futebol, realizada no domingo, podem crescer e se tornarem atos pró-impeachemment.

Ao reagir a estes atos, Bolsonaro chamou manifestantes contrários a seu governo de marginais e terroristas, numa cópia fiel do que disse Donald Trump em relação aos movimentos racistas que vem tomando conta dos Estados Unidos

Bolsonaro não está gostando disso, embora seja ele, o primeiro a participar de manifestações em frente ao Palácio do Alvorada em defesa de seu governo.

Nas redes sociais, novos atos estão sendo chamados para o fim de semana por grupos ligados a torcidas de futebol, agora engrossados pela “Frente Povo sem Medo”, uma organização que reúne movimentos sociais, centrais sindicais e partidos de esquerda.

Com essa proliferação de manifestações, Bolsonaro acabou dando margem à volta do povo às ruas para pedir democracia. Em São Paulo as manifestações estão agendadas para o início da tarde de domingo na Avenida Paulista. Há manifestações agendadas no Rio, Salvador, Belo Horizonte e outras cidades.

Em Curitiba, a manifestação que seria pacífica contra o racismo e em defesa da democracia acabou descambando para a violência com depredações. O presidente da República quer, agora, evitar este tipo de confronto.

Parece que Bolsonaro está bebendo do próprio veneno