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Marina declara apoio a candidatura de Lula em entrevista coletiva

Marina declara apoio a candidatura de Lula em entrevista coletiva

Ela foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula entre 2003 e 2008 e concorreu à presidência do Brasil por três vezes.

Johan Gaissler - segunda-feira, 12 de setembro de 2022 - 12:44

A ex-ministra Marina Silva (Rede) declarou apoio a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (12). No domingo (11), eles já haviam se reunido para “discutir propostas sobre a sustentabilidade do Brasil”.

Marina foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula entre 2003 e 2008, quando rompeu com o PT (Partido dos Trabalhadores) e passou a ser oposição aos petistas. Ela concorreu à presidência da República por três vezes: 2010, 2014 e 2018.

“Tomamos decisões na política que nem sempre fazem nossos caminhos se encontrarem, mas existem reencontros como o que acontece hoje pelo momento político que vivemos”, disse o candidato ao Palácio do Planalto.

“Manifesto o meu apoio de forma independente ao candidato, ex-presidente e futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, disse a candidata à deputada federal por São Paulo. 

A Rede Sustentabilidade, partido da ex-ministra, integra uma federação partidária com o PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), que faz parte da Coligação Brasil da Esperança, encabeçada por Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB).

MARINA SILVA FEZ PARTE DO GOVERNO LULA

Marina foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula entre 2003 e 2008, quando era filiada ao Partido dos Trabalhadores. Deixou o cargo após divergências com o então presidente e a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. No ano seguinte, filiou-se ao Partido Verde e concorreu às eleições presidenciais em 2010, contra a própria Dilma, e ficou na terceira colocação.

Na sequência, a ex-ministra deixou o PV e fundou um grupo que mais tarde viria a se tornar um partido político: a Rede Sustentabilidade. O movimento não conseguiu registro a tempo na Justiça Eleitoral para participar das eleições de 2014. Por isso, a Rede e o PSB (Partido Socialista Brasileiro) fizeram uma aliança programática para o pleito presidencial da época.

Marina foi lançada como candidata à vice-presidência do Brasil na chapa do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). O político morreu em um acidente aéreo em agosto de 2014, no litoral de São Paulo.

Com a perda do líder do PSB, Marina encabeçou a chapa do partido e, semanas após a tragédia, passou a dividir a liderança nas pesquisas eleitorais com a então candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), saindo vencedora em simulações de segundo turno. 

A ex-ministra passou a ser alvo de ataques na campanha eleitoral do PT. Pautas que estavam no plano de governo, como a autonomia do Banco Central do Brasil e um possível fim do Bolsa Família foram exploradas pelo então governo. A estratégia deu certo e Marina perdeu votos, ficando de fora do segundo turno. Declarou apoio a Aécio Neves (PSDB) na reta final daquela eleição, que foi derrotado por Dilma.

Em 2018, já com a Rede Sustentabilidade como partido político, Marina Silva foi candidata novamente ao Palácio do Planalto e somou 1% dos votos válidos. No segundo turno, voltou a acenar ao PT declarando voto em Fernando Haddad (PT) contra Jair Bolsonaro. Neste ano concorre à uma vaga como deputada federal por São Paulo e apoia a candidatura de Lula (PT).

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