Pedro Ribeiro
Foto: Divulgação/Federação Paranaense de Esgrima

 

Ruim, muito ruim para o Congresso Nacional a patuscada promovida nesta quarta-feira pelo deputado federal, Glauber Braga (PSOL-RJ), que chamou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, de “capanga da milícia, capanga da família Bolsonaro” e “mentiroso”. É preciso que o parlamento tenha, no mínimo, respeito com um ministro, não apenas no caso de Moro, que se propôs a participar de debate relacionado a interesses republicanos, mas a todos que prestam depoimentos a convite das câmaras e de interesse do país.

Em resposta, o ministro disse que “quem protegeu milícia foi o seu partido”, em referência às críticas feitas pelo PSOL ao chamado pacote anticrime. Um dos pontos da proposta era deixar explícito que milícias são organizações criminosas. O partido, contudo, considerava que as medidas, na verdade, não afetariam esses grupos. Moro também chamou o parlamentar de “desqualificado”.

Quando a sociedade espera que o parlamento melhore para que haja esperança no trabalho parlamentar, vem um deputado como este, do PSOL e esculhamba tudo, apenas por interesse pessoal e do seu partido e jamais da população.

RACIOCÍNIO ORGANIZADO

“Deplorável e desanimador é ver deputado na busca efêmera de seus minutos de autoafirmacão para sua confraria, usando apenas adjetivos, como um amontoado de palavras em busca de alguma ideia, de algum raciocínio organizado. Com ironias, talvez. Mas com inteligência, ainda que ela momentaneamente exigisse incapacitado e mental esforço. Esse deputado do PSOL, cujo nome não importa pela própria expressão de sua relevância, demonstra bem a razão da credibilidade que hoje se atribuí ao Parlamento, ainda que o ministro seja merecedor de pertinentes questionamentos. Talvez valesse a pena, mesmo sendo ilusório”, diz o jornalista Alceo Rizzi, em sua página na Internet.

A reunião da Comissão Especial da Câmara dos Deputados que discute Proposta de Emenda Constitucional (PEC) sobre a volta da prisão após condenação em segunda instância, foi encerrada mais cedo nesta quarta-feira(12) após dois deputados federais quase partirem para a agressão física.