Mortes por coronavírus no Brasil batem recorde diário e chegam a 1.532 ocorrências

Com o retorno do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para as coletivas interministeriais diárias, o Ministério da..

Com o retorno do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para as coletivas interministeriais diárias, o Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (14) que o Brasil registrou seu recorde diário de mortes pelo novo coronavírus (Covid-19).

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 204 óbitos pelo coronavírus -primeiro dia acima dos 200 casos, registrando 1.532 óbitos desde o início do ciclo em março.

Além disso, foram registrados novos 1.922 casos do Covid-19 e um quadro geral de 25.262 contaminações pelo coronavírus em todo Brasil.

Vale registrar que o Ministério da Saúde já havia anunciado no final da última semana que devido ao feriado da Páscoa, muitos casos e óbitos confirmados ficariam represados pelas secretarias estaduais e por isso os números do início desta semana receberiam um crescimento nas notificações.

O Brasil segue mantendo uma taxa de letalidade na casa de 5,8%, sendo que o único estado que ainda não registrou óbitos no país foi Tocantins.

A regional de saúde de Campo Mourão, na região noroeste do Paraná, segue entre as principais incidências de mortes por um milhão de habitantes. A localidade está na oitava posição nacional com coeficiente de 18,2%. A liderança é de São Paulo com 37,2%.

Os óbitos por coronavírus seguem sendo registrados em sua maioria em idosos com 60 anos ou mais (73% dos casos) e com ao menos um fator de risco (73% das ocorrências), em especial a cardiopatia, que foi vista em 603 das 1.532 mortes.

CORONAVÍRUS: DADOS DA COVID-19 POR ESTADO

  1. São Paulo: 9.371 casos e 695 óbitos
  2. Rio de Janeiro: 3.410 casos e 224 óbitos
  3. Ceará: 2.005 casos e 107 óbitos
  4. Amazonas: 1.484 casos e 90 óbitos
  5. Pernambuco: 1.284 e 115 óbitos
  6. Minas Gerais: 884 casos e 27 óbitos
  7. Santa Catarina: 826 casos e 26 óbitos
  8. Paraná: 791 casos e 36 óbitos
  9. Bahia: 759 casos e 22 óbitos
  10. Rio Grande do Sul: 700 casos e 18 óbitos
  11. Distrito Federal: 651 casos e 17 óbitos
  12. Maranhão: 478 casos e 32 óbitos
  13. Espírito Santo: 463 casos e 18 óbitos
  14. Rio Grande do Norte: 376 casos e 17 óbitos
  15. Pará: 323 casos e 19 óbitos
  16. Amapá: 907 casos e 6 óbitos
  17. Goiás: 284 casos e 15 óbitos
  18. Mato Grosso: 138 casos e 4 óbitos
  19. Paraíba: 136 casos e 16 óbitos
  20. Mato Grosso do Sul: 115 casos e 4 óbitos
  21. Roraima: 113 casos e 3 óbitos
  22. Acre: 99 casos e 3 óbitos
  23. Alagoas: 72 casos e 4 óbitos
  24. Rondônia: 64 casos e 2 óbitos
  25. Piauí: 58 casos e 8 óbitos
  26. Sergipe: 45 casos e 4 óbitos
  27. Tocantins: 26 casos

MANDETTA REFORÇA IMPORTÂNCIA DO ISOLAMENTO

Em seu retorno para as coletivas interministeriais, Luiz Henrique Mandetta frisou a importância da manutenção do foco no cuidado com o coronavírus e da utilização da ciência como principal aliada no combate à doença.

“Nosso ministério não é uma ilha, temos preocupação com a economia. Nas cidades com baixa incidência, é possível pensar em voltar às atividades normais. Já naquelas que estão com leitos comprometidos é momento de parar e pensar estratégias”, pontuou Mandetta.

O ministro ainda voltou a convidar profissionais de outras áreas da saúde para auxiliarem nos trabalhos hospitalares ao coronavírus. Além disso, Mandetta frisou que o problema de falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) são corriqueiros em todo mundo, mas que o Ministério da Saúde está buscando equipar as equipes médicas pelo Brasil.

ONYX LEMBRA HERANÇA DO “PT” E COBRA GOVERNADORES

Ao contrário do padrão feito pelos ministro nas coletivas, o responsável pela pauta da Cidadania, Onyx Lorenzoni, usou seu discurso para elogiar a preocupação do presidente da República, Jair Bolsonaro, em retomar as atividades econômicas.

“Até onde vai a necessidade do isolamento? Principalmente me municípios em que estejam com baixos casos do coronavírus. Não podemos pensar com paixão, temos que evitar as mortes por fome e por isso eu apoio incondicionalmente o presidente Bolsonaro”, pontuou Lorenzoni.

O ministro ainda relembrou que o governo herdou uma “herança” dos governos petistas e que por isso ainda está em recuperação econômica. Por isso, Lorenzoni cobrou dos governadores e prefeitos que possam tomar medidas para preservar a economia nacional, incluindo o afrouxamento dos isolamentos sociais.