Museu do Holocausto classifica ato com saudação semelhante a nazista como ‘ofensivo’
Caso ocorreu na quarta-feira (2) em São Miguel do Oeste (SC) em frente a uma base do Exército na cidade
O Museu do Holocausto, em Curitiba, classificou o gesto semelhante à saudação nazista realizado por manifestantes em Santa Catarina como “ofensivo” e um “ultraje“. O caso ocorreu na quarta-feira (2) em São Miguel do Oeste em frente a uma base do Exército na cidade.
As cenas foram registradas por vídeo e publicadas na internet. No local, as pessoas apareceram em via pública, cantando o hino e com as mãos estendidas em direção a um tanque de guerra na entrada da base militar. O gesto foi repetido simultâneamente por centenas de pessoas vestidas de verde e amarelo.
Em nota publicadas nas redes sociais, o Museu do Holocausto disse que a “estética e contexto (social e histórico) deveriam ser suficientes para que não precisássemos nos deparar com cenas ofensivas como estas. A tentativa de associar esse gesto ao juramento à bandeira é mais um ultraje que a Justiça e a educação antifascista precisarão se debruçar”.
Inaugurado em 2012, o Museu do Holocausto é uma das maiores autoridades em defesa e memória dos cerca de seis milhões de judeus assassinados durante a Segunda Guerra Mundial.
As embaixadas de Israel e Alemanha no Brasil também se manifestaram e condenaram os gestos:
Investigação do caso
Após a repercussão da manifestação, o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) apurou o caso e conclui que o gesto não fez apologia ao nazismo.
Conforme a promotoria catarinense, testemunhas e imagens analisadas apontaram que os manifestantes fizeram o gesto em resposta ao locutor do evento, que pediu para o público colocar a mão sobre o ombro da pessoa que estava a sua frente ou, se não houvesse, para que estendessem o braço com o objetivo de “emanar energias positivas“.
