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Nona: se me molham, eu os queimo chega aos cinemas brasileiros nesta quinta (18)

Nona: se me molham, eu os queimo chega aos cinemas brasileiros nesta quinta (18)

O filme de ficção “Nona: se me molham, eu os queimo” chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (18). A produção d..

Johan Gaissler - quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021 - 09:30

O filme de ficção “Nona: se me molham, eu os queimo” chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (18). A produção de quatro países, Chile, Brasil, França e Coréia do Sul, mostra parte da história de Nona, uma idosa de 66 anos que foge da capital chilena após cometer um atentado contra o ex-amante.

Logo no início, o filme mostra algo que já era esperado pela sua divulgação: cenas de ficção intercaladas com depoimentos e com a realidade, como um documentário. Chama a atenção o comportamento da protagonista, como uma personagem vilã, incompreensível, elegante e bem-humorada, considerando natural e com ironia o que fez com o ex-companheiro.

Após o crime, Nona deixa a cidade de Santiago e é levada pela filha até a cidade de Pichilemu, no litoral do Chile, onde vive de uma forma pacata. Nos depoimentos e nas cenas, que apresentam corte único de imagem, percebe-se um descontentamento dela com o atual lugar que mora, principalmente em um hospital e num trajeto pelo município.

Nona em um hospital de Pichilemu Nona, à esquerda e em vermelho, no aguardo de um atendimento num hospital de Pichilemu. (Foto: Reprodução)

Por causa da mistura de cenas e qualidade das imagens no documentário, pode haver um pouco de incompreensão da história no início por parte do público. Ao longo da produção, Nona conta mais detalhes sobre sua história e elas são exemplificadas.

UM MISTÉRIO APARECE EM PICHILEMU

Um mistério aparece na cidade de Pichilemu logo após a mudança de Nona para lá: as casas e regiões próximas são queimadas e apenas a da senhora permanece intacta. Junto com este problema que cresce cada vez mais, ela mostra a vida na residência e, mesmo sendo uma obra de ficção, fala sobre momentos considerados históricos no país, como a ditadura militar chilena (1973-1990).

casa de Nona e casa destruída Casa de Nona, intacta, e um dos locais destruídos pelo fogo. (Foto: Reprodução)

“Nona: se me molham, eu os queimo” demora a ter um conflito, um diálogo importante, algo que mostre o motivo ou que indique a pessoa responsável pelo problema que surgiu. Cenas que duram minutos e não têm fala dos personagens, prendendo a atenção de quem está assistindo apenas pelas ações desempenhadas no filme.

Josefina Ramírez interpreta a protagonista da produção. Ela é avó da diretora, Camila José Donoso, que combina memórias e ficção em uma única narrativa. Um exemplo de um fato real é a idosa ter feito parte da população que resistia à Pinochet, durante o período em que o Chile sofreu um golpe militar.

Além dela, o filme tem as atrizes Gigi Reyes, Paula Dinamarca e Nancy Gómez, e o ator brasileiro Eduardo Moscovis.

Serviço: estreia nos cinemas brasileiros do filme “Nona: se me molham, eu os queimo”

Data: quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Gênero: ficção/documentário

Duração: 86 minutos

 

Johann Gaissler escreveu sob a supervisão da jornalista Martha Feldens

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