Órgãos do policial Ricieri Chagas serão doados para oito pessoas
Pelas redes sociais, o 16º Batalhão de Polícia Militar afirmou que isso o torna "um herói na vida e na morte".
Os órgãos do policial Ricieri Chagas, que morreu no sábado (23) após ser baleado no rosto em Guarapuava, serão doados e vão beneficiar até oito pessoas. A informação é da PMPR e do Hospital São Vicente de Paulo.
Segundo a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do hospital, serão doadas as córneas, coração, rins, fígado, baço e linfonodos.
Neste domingo (24), o BPMOA (Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas) fez o transporte dos órgãos, da cidade de Guarapuava até Maringá. Pelas redes sociais, o 16º Batalhão de Polícia Militar, onde trabalhava Ricieri Chagas, afirmou que isso o torna “um herói na vida e na morte”.
O policial era cabo da Polícia Militar e foi ferido na cabeça após uma tentativa de assalto a uma empresa de transporte de valores. Pelo fato da morte ter sido cerebral, outros órgãos dele em condições podem ser reaproveitados para transplantes.
O corpo de Ricieri Chagas é velado no 16º BPM e o sepultamento está previsto para segunda-feira (25), às 10 horas, no Cemitério do Distrito de Palmeirinha.
ATAQUES EM GUARAPUAVA
Cerca de 30 homens fortemente armados tinham o objetivo de realizar um assalto na transportadora de valores Proforte, em Guarapuava, entre o final da noite de domingo (17) e início desta segunda-feira (18).
Os criminosos incendiaram veículos na parte urbana da cidade e bloquearam a entrada e saída do 16° Batalhão de Polícia Militar, para evitar uma possível captura. Mesmo assim, a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná (Sesp) e o comandante-geral da PM, Coronel Hudson Leôncio Teixeira, afirmaram que não teve falha policial e não houve êxito na realização do crime.
Ao todo, 260 policiais foram acionados com a missão de deslocar os envolvidos para a zona rural de Guarapuava.
Alguns criminosos atearam fogo em veículos nos acessos à cidade, como na BR-277, e espalharam miguelitos pela pista – dispositivos pontiagudos usados para furar pneus.
Outros bandidos abordaram veículos pelas ruas da cidade e utilizaram populares como reféns, enquanto acontecia o ataque à transportadora.
Após a ação, que durou cerca de três horas, eles fugiram sentido interior do estado.